Enquanto nichos do mercado publicitários acreditam que a publicidade em jornais impressos encontra um período de declínio, uma pesquisa do grupo Meio & Mensagem (M&M) e a consultoria PricewaterhouseCoopers mostra o contrário. Depois da Televisão, o veículo impresso recebeu a segunda maior fatia de investimentos no setor, respondendo por 11,8% do bolo publicitário do ano passado.
"O jornal é uma mídia qualificada e goza de prestígio. Por isso, é importante para os anunciantes", disse o presidente do grupo M&M, José Carlos Salles Neto.
Em primeiro lugar, a televisão aberta ampliou em 9,2% sua receita publicitária e se manteve em 2011 como o meio de comunicação que mais recebeu investimentos de anunciantes no Brasil. Ao todo, as emissoras responderam por 63,3% do bolo publicitário. "A TV no Brasil ainda tem muita eficácia para a comunicação de massa. Essa fatia do mercado tão grande nesse meio só existe no Brasil", disse Neto.
O maior crescimento no ano, foi a Internet. A verba publicitária nos veículos on-line subiu 19,6% em 2011 e elevou a participação de mercado do segmento para 5,1% do total.
Setor
Ao todo, o mercado publicitário brasileiro movimentou R$ 39,03 bilhões, um crescimento de 8,5% em relação ao resultado de 2010. Os dados foram divulgados pelo Projeto Inter-Meios, vem para mensurar o segmento no mercado. "É um bom resultado se comparado ao desempenho do [Produto Interno Bruto] PIB no ano passado, que deve ter crescido na faixa dos 3%", disse o executivo.
A expectativa do presidente do grupo M&M é que o mercado publicitário cresça neste ano em ritmo próximo ao do anterior, na casa dos 9%, respondendo ainda por uma fatia bem a cima do PIB.
De acordo com os números da pesquisa, os únicos meios que tiveram redução de receita publicitária foram o cinema e os guias e listas, cuja retração ante 2010 alcançou, respectivamente, 6,4% e 2,6%.
Veículo: DCI