Revitalização do Center Norte vai custar cerca de R$ 30 mi

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Um dos centros de compras mais conhecidos da capital paulista, o Shopping Center Norte, localizado na zona norte de São Paulo, aposta na revitalização de seus 117 mil metros quadrados de área construída, sendo 64 mil de Área Bruta Locável (ABL), para crescer em 13% suas vendas ao longo deste ano. Com investimento próprio de R$ 30 milhões, a ideia é adotar um projeto diferenciado, que envolverá no futuro, a previsão de aumentar o espaço em mais 7 mil metros quadrados.

O novo projeto do shopping (mall) foi iniciado há dois meses, com previsão de ser concluído até 2015, quando todo o complexo será modernizado e redecorado, como explica em entrevista ao DCI Ricardo Afonso, diretor-superintendente do Center Norte. "A zona norte não tem espaços diferenciados como o que vamos instalar em nosso shopping", diz.

Afonso ressalta ainda que essa expansão estava em pauta mesmo antes dos eventos ocorridos em outubro do ano passado, quando o shopping foi fechado pela Prefeitura de São Paulo após a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) identificar vazamento de gás metano no terreno em que o empreendimento foi construído. Na ocasião, a situação parecia alarmante para lojistas e consumidores. "Já estava em estudo a revitalização dos ambientes, necessidade identificada, principalmente, pela mudança de postura do consumidor que frequenta constantemente o empreendimento".

O primeiro passo, segundo o diretor, foi a procura por novas operações. "Começamos pela adequação do nosso mix de lojas, em que ficamos mais atentos ao público feminino. Como exemplo trouxemos a Enjoy, grife carioca fundada em 1996. Procuramos escolher operações com maior valor agregado, como a Copodarte, marca de calçados também especializada apenas no público feminino", completa o diretor.

Ano passado, mesmo com todo o ocorrido no mall, que pouco tempo depois ficou comprovado que não era um problema centralizado no terreno do Center Norte, e sim da região que foi construída em cima de um antigo lixão, o centro de compras que conta também com um shopping voltado ao segmento de decoração, o Lar Center, viu suas vendas crescerem 18%. "Mesmo com o incidente nós tivemos um ano bom. Conseguimos crescer em 18% as nossas vendas", diz.

Ainda segundo o diretor-superintendente, foi sentida uma queda nas vendas no mês de outubro, momento em que o varejo fica aquecido devido ao Dia da Criança, mas que, passado o susto inicial da eminência de uma tragédia, o Center Norte teve um crescimento em sua visitação. "Para nossa surpresa tivemos um número grande de visitação no final do ano, mas durante a crise perdemos em média 30% de nossa clientela", explica Ricardo Afonso, que completa: "A operação de final de ano não foi afetada pelo incidente de outubro. Pelo contrário, tivemos incremento nas vendas", afirmou.

O crescimento foi sustentado também pela substituição de lojas que faturavam menos, por loja de maior valor agregado. "A churrascaria Fogo de Chão investiu R$ 9 milhões em seu espaço, que antes era da Estrela do Sul. A lanchonete The Fifties também investiu em um espaço diferenciado. Tivemos também a chegada da L'Óccitane (empresa de cosméticos francesa) que têm melhor performances". O mall ganhou também operações de grandes redes varejistas, como a Artex, que comercializa produtos de cama, mesa e banho, além da Empório Body Store, também focada em cosméticos e criadas para atender a um público de maior poder aquisitivo.

Ainda segundo o porta-voz do empreendimento, por ser um ponto comercial rentável o Center Norte contava com duas lojas da mesma marca em seu espaço. "Conversamos com esses lojistas e, ao invés de ter duas lojas, oferecemos um espaço maior para uma espécie de megaloja. Com isso, ganhamos espaços para inserir novas operações", explica Afonso. O empreendimento continua em fase de negociação com grandes players varejistas. No segmento de entretenimento, o mall está prestes a fechar contrato com o Cinemark, para incluir duas salas de cinema VIP no Lar Center, além da melhoria das salas existentes no Center Norte.

Administrado por um grupo familiar, o Center Norte não divulga seu faturamento, mas com as novas lojas que já estão em operação e as que estão por vir, espera é de crescer o tíquete médio que hoje é cerca de R$ 50, gastos pelos consumidores das classes A e B. A meta é aumentar o número de clientes que visitam o shopping . "Atualmente passam pelo centro de compras 80 mil pessoas durante a semana, e em torno de 120 mil durante os fins de semana, sendo que 60% desse fluxo é de consumidores vindos de outras cidades como Valinhos. Queremos aumentar essa visitação e trazer novos clientes. Ainda mais com a chegada de concorrentes como o Shopping Tucuruvi", declarou o executivo.


Veículo: DCI


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