Ovos de Páscoa: Tradição dos caseiros é deixada de lado

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A confecção de ovos de Páscoa em casa, tanto para presentear parentes e amigos quanto para complementar a renda, era prática comum, hoje não mais. Pelo menos essa é a constatação das empresas que vendem barras de chocolate e materiais para a montagem das iguarias. Elas também afirmam que contribui para esse cenário a queda nos índices de desemprego que, de certa forma, tira o brasileiro de atividades informais.

Segundo o gerente-geral da Bom Cacau, José Luiz de Almeida Neto, as pessoas que antes buscavam nos chocolates uma forma de ganhar dinheiro hoje estão formalmente empregadas e não têm mais tempo para o trabalho feito em casa. "O movimento ainda está muito fraco e talvez só aumente nos últimos dez dias. Além disso, os grandes varejistas, com seu poder de negociação com a indústria, forçam os preços para baixo e dificilmente os ovos caseiros vão conseguir competir", explica o empresário.

Com duas unidades, uma dentro e outra próxima ao Mercado Central, no centro de Belo Horizonte, Almeida Neto também considera que a data, que em 2012 caiu logo no início do ano, também vá prejudicar as vendas, que podem recuar até 20% em relação ao mesmo período do ano passado. "Neste ano o Carnaval foi no início de fevereiro e fez com que as datas ficassem muito perto de janeiro e as pessoas ainda arcam com as dívidas de início de ano, e isso acaba afetando o apetite dos consumidores", reclama.

Bem mais otimista está o proprietário da Bombonière São Geraldo, José Maria Ferreira Duarte, que prevê crescimento de 10% nas vendas de chocolates e material para produção de ovos de Páscoa caseiros. "Estamos vendendo para a Páscoa desde janeiro, mas a grande demanda é, mesmo, de última hora. O crescimento do Brasil como um todo também empurra o nosso comércio", avalia Duarte.

Para o período o empresário contratou três funcionários para compor a equipe de 14 colaboradores nas duas unidades que funcionam dentro do Mercado Central. Seguindo os bons números de 2011, em que cresceu cerca de 10%, o empresário prevê um crescimento de 6% em 2012. (DM)


Veículo: Diário do Comércio - MG


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