No Brasil, Bic planeja ampliar capacidade de produção até 2014

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O Brasil é, desde o ano passado, o segundo maior mercado da Bic, fabricante de canetas, isqueiros e artigos de papelaria. O grupo francês, agora, decidiu focar atenção no país e traçou um plano de investimentos para os próximos três anos. Ao invés de enviar dividendos à matriz, até 2014 a empresa vai reinvestir a verba para abrir novas linhas de produção e lançar produtos nas categorias em que já atua.

A meta para este ano é aumentar o faturamento em 10% e o volume de produtos vendidos em 7%, em relação a 2011. No ano passado, o crescimento foi de 11% e 8%, respectivamente, sobre 2010.

A operação local ocupava a quinta posição no faturamento do grupo em 2007; em 2011, alcançou a vice-liderança, e hoje o Brasil representa aproximadamente 13% do faturamento global da Bic.

Horacio Balseiro, presidente da Bic no Brasil, não revela o quanto será investido neste ano. Ele diz que devem chegar ao mercado ao menos 20 produtos das oito categorias em que a Bic atua - lâminas, papelaria, isqueiros, pilhas e cola instantânea, dentre eles. O faturamento no Brasil não é informado. No mundo, chegou a € 1,8 bilhão em 2011.

As canetas representam menos de 15% das vendas da empresa. O setor de papelaria (borracha, corretor, lápis etc) chega a 30%. Os isqueiros pesam mais: 38%. A Bic tem 90% do mercado de isqueiros no Brasil, diz o diretor de marketing Emerson Cação.

Uma das táticas da Bic para ganhar mercado é entrar em categorias novas a cada ano. Em 2010, a empresa lançou as pilhas; em 2011, a cola instantânea. Balseiro diz que provavelmente a Bic vai passar a vender algum produto novo este ano, "mas ainda não está definido o que será".

O executivo diz que há espaço para crescer nas áreas em que a Bic é líder ou vice-líder. Em canetas, a expectativa é que os investimentos públicos em educação acelerem as vendas do setor; em isqueiros, a aposta é na migração do fósforo; e em lâminas, que a Bic diz ocupar o segundo lugar com 22% do mercado, o crescimento será "natural".

O grupo planeja ampliar a capacidade produtiva, e alguns itens importados passarão a ser feitos aqui. No Brasil, a Bic possui fábricas em Manaus (AM), Cajamar (SP) e Rio.

A capital do Amazonas abriga um polo industrial onde são fabricados quase todos os itens vendidos no Brasil e exportados para a América do Sul.

Com 600 funcionários, Manaus emprega dois terços da mão de obra da Bic no país, de 900 trabalhadores.

No Rio, a empresa produz a linha de etiquetas adesivas com a marca Pimaco, e em Cajamar, a Bic Graphic (de produtos promocionais). A companhia deve fazer novas contratações, mas Balseiro diz que ainda não sabe quantos funcionários serão contratados.

Uruguaio, Balseiro está há 20 anos na Bic e há quatro no Brasil - antes, passou pelos escritórios de Chile, Argentina e de seu país. O executivo chegou ao mercado brasileiro em 2008 para assumir a presidência e aumentar as vendas, que estavam abaixo do esperado. "O primeiro ano foi o mais difícil", diz o executivo, que diz ter reestruturado a equipe e alcançado as metas da matriz.


Veículo: Valor Econômico


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