Confins terá programa de eficiência logística

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Processos de importação serão analisados.


A Infraero lançou o Programa de Eficiência Logística de 2012. A proposta é reconhecer e premiar as organizações que mais se destacam pela eficiência na gestão da cadeia logística, responsável pelos processos de importação através dos Terminais de Logística de Carga da Infraero (Teca). É a primeira vez que o programa acontecerá no Aeroporto Internacional Tancredo Neves (AITN), em Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). A premiação será em 2013. Inicialmente, o programa foi implantado no Aeroporto de Viracocos, em Campinas (SP), onde já existe desde 2003.

A coordenadora de Facilitação e Atendimento ao Cliente da Infraero, Núbia Seixas Fraga, explica que a Infraero apresenta um indicador dos tempos médios de liberação de cargas nos aeroportos, identificando os importadores mais ágeis na retirada das cargas do Teca. Essas empresas são apresentadas ao mercado como benchmark, uma vez que o tempo total gasto no processo de retirada da carga é considerado como referência para os demais importadores e prestadores de serviços que utilizam as instalações do terminal.

"A proposta é aperfeiçoar os processos, na busca do menor tempo a ser alcançado. No ranking, as empresas têm a oportunidade de mensurar, a partir dos tempos divulgados, o desempenho de todos os envolvidos nos processos de importação, incluindo seus prestadores de serviços: agentes de carga, despachantes aduaneiros e transportadores rodoviários. Para aumentar a eficiência na liberação das cargas é necessário que todos os prestadores desempenhem seus respectivos papéis, sem que comprometam a atuação das demais empresas envolvidas", afirma Núbia Seixas Fraga.


Metodologia - Para a obtenção dos tempos médios por importador, são considerados os desembarques nacionalizados no aeroporto e liberados por meio do canal verde do referido mês. A qualificação dos importadores para a disputa pelos melhores tempos fica condicionada ao movimento mínimo de cinco desembarques mensais. Ao importador que apresentar o menor tempo do segmento serão atribuídos cinco pontos no mês de referência; da mesma forma, serão computados cinco pontos aos seus prestadores de serviço. O importador e a cadeia logística mais eficiente no período estabelecido serão identificados de acordo com a maior somatória de pontos adquiridos nos 12 meses pré-estabelecidos. Ao importador será entregue um troféu e a sua cadeia logística, uma placa.

Núbia Fraga destaca que o programa fortalece a imagem institucional da Infraero, proporciona maior integração entre a Infraero e as organizações privadas e governamentais que atuam na área de comércio exterior e logística, aumenta a capacidade de fidelização de clientes e estimula a busca constante da eficiência logística no Teca. Atualmente, cerca de 4 mil empresas operam no Teca Confins. Cada uma concorrerá com as empresas do seu segmento e não com todas que atuam no terminal de cargas.

"No contexto atual, em que a disputa por mercados mundiais se acentua a cada dia, observa-se que a eficiência logística tornou-se requisito indispensável para assegurar competitividade às empresas que desejam manter ou ampliar sua fatia de mercado. Constata-se que a competitividade deixou de ser regional para se tornar global e a concorrência passou a acontecer entre cadeias produtivas, e não mais entre empresas isoladas. Rapidez, flexibilidade e integração na logística deixaram de ser apenas um discurso e tornaram-se requisitos obrigatórios.  justamente nesse contexto que o modal aéreo se insere. Os aeroportos administrados pela Infraero passam a ser palco de aplicação dos mais modernos conceitos de logística, permitindo-lhes assumir posição estratégica de apoio às empresas brasileiras na busca pela competitividade do país no comércio exterior", observa Núbia Seixas.

Ela diz ainda que, em tempos de globalização, os aeroportos deixam de se caracterizar meramente como centros de operações aéreas, destinados aos pousos e decolagens de aeronaves e embarques e desembarques de passageiros. "Agora, passam a atuar também como elo integrador da cadeia logística internacional, por onde fluem produtos dos mais diversos tipos, cujos usuários se constituem, em grande parte, de grandes empresas que demandam uma logística eficiente para garantir a manutenção de seus processos produtivos sem interrupções. Elas escolhem o modal aéreo graças à rapidez, dispondo-se a pagar um valor significativamente mais alto no frete, em comparação ao modal marítimo, justamente devido ao fator tempo", finaliza.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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