O fim da guerra fiscal, na qual os Estados reduzem a cobrança de ICMS para importações que chegam a seus respectivos portos, pode prejudicar o consumidor.
"Sem o incentivo, tudo o que é importado pode ficar mais caro. Quem vai sentir no final é o consumidor", diz o presidente do Sintex (Sindicato das Indústrias Têxteis de Blumenau), Ulrich Kuhn.
No caso têxtil, 70% da matéria-prima vem de fora, segundo Kuhn. Em Santa Catarina, o desconto no ICMS para importações chega a nove pontos percentuais.
"As empresas vão ter de repassar o custo", diz.
Os governos de SC e do Espírito Santo, outro Estado afetado com a provável unificação da alíquota interestadual, defendem que a transição dos atuais 12% para 4% seja feita de forma gradual.
"Aí você dilui o aumento dos preços ao longo do tempo", afirma Kuhn.
Para compensar as perdas, o ES também quer apoio federal para obras de infraestrutura, segundo o secretário da Fazenda, Maurício Duque.
Veículo: Folha de S.Paulo