Casino aumentou a pressão sobre o sócio Galeries Lafayette na disputa pelo controle - atualmente compartilhado - da Monoprix, rede de supermercados de bairro.
Em meados de março, o Casino entrou com uma ação no tribunal de comércio de Paris para obter o cumprimento dos acordos que lhe dariam a presidência do Monoprix no final do mês passado. Agora, além da ação de arbitragem na Câmara de Comércio Internacional, em Paris contra o Grupo Pão de Açúcar, pelo mesmo motivo de "não respeito de acordos assinados", o Casino enfrenta um novo processo contra outro sócio.
As hostilidades entre os parceiros se tornaram públicas há dois meses. Para grande surpresa de Jean-Charles Naouri, presidente do Casino, a Galeries Lafayette deu o primeiro passo na Justiça francesa ao solicitar a designação de um banco independente para avaliar o valor do Monoprix.
A briga entre os dois sócios começou justamente por causa do preço a ser pago para que o Casino adquira a fatia de 50% da Galeries Lafayette na rede de supermercados, como prevê um acordo firmado em 2000. O grupo da loja de departamentos, que fundou o Monoprix, exige € 1,35 bilhão para ceder sua fatia ao Casino, mas o grupo de Naouri só quer pagar a metade.
O conselho de administração do Monoprix prorrogou o mandato de Houzé por mais um ano. Daí a resposta de Naouri nos últimos dias, ao mover uma ação contra membros do conselho do Monoprix: Ginette Moulin, da família fundadora da Galeries Lafayette, seu genro, Houzé, presidente do grupo, e Philippe Lemoine. O objetivo de Naouri é assumir a presidência do conselho.
Veículo: Valor Econômico