Para explorar um potencial de depósitos minerais no Piauí e em Goiás -sem explorar jazidas, mas prospectar, desenvolver e comercializar esses ativos-, a Global Miner Exploration (GME4), empresa fundada pelo banqueiro do Opportunity, Daniel Dantas, junto com dois geólogos, diz que precisa que saia a construção do trecho da Ferrovia Bahia-Oeste, para terem vazão os investimentos de R$ 40 milhões previstos para 2009, pois a empresa prepara-se para anunciar uma grande descoberta que pode chegar a 1 bilhão de toneladas de minério. Uma de suas subsidiárias detectou um enorme potencial de minério de ferro no Piauí.
Washington Santana, diretor adjunto da GME4, contou ao DCI que, entre este fim de ano e o início do ano que vem, lançarão os resultados dos primeiros estudos de áreas de depósitos minerais no Piauí e em Goiás - este mais avançado no minério de níquel. "Há uns dois anos o níquel custava US$ 50 mil a tonelada, e hoje caiu a US$ 12 mil. O mercado está em um momento-chave."
No interior da Bahia, Santana diz ter projetos de rochas carburária, calcária e magnesiana. "Estudamos todo tipo de minerais e o impacto ambiental na área. O subsolo pertence à União: qualquer pessoa que o queira explorar tem de fazer solicitação ao governo. Queremos ser uma geradora de jazida. Outra empresa recebe os estudos e explora a área. Estamos abertos, em termos de commodities e vemos a viabilidade. Cada caso é um caso. Normalmente as empresas governamentais fazem o edital de exploração e nas empresas privadas há livre arbítrio."
O executivo conta que o mapeamento é uma ferramenta e que isso evolui até a sondagem e estudo de viabilidade. "Os estudos minerais podem demorar até cinco anos. São mais 10 anos para fazer prospecção. O tempo para explorar um depósito é variável: se for uma jazida de níquel ou de chumbo, pode acrescer mais cinco anos; minerais como calcário, granito e mármore têm um tempo mais curto, 2 anos; manganês e ferro, um pouco mais, 3 ou 4 anos. Estamos no mercado há um ano e meio e ainda estamos numa fase intermediária de prospecção de mercado."
Investigação
A empresa investiga a ocorrência de ferro, ouro, níquel, zinco e cobre em 4 milhões de hectares de terra, 80% pertencentes à União e o restante, a particulares. Nos cálculos dos geólogos, se a empresa encontrar minério em 2% dessa área, a GME4 passará a valer US$ 1,3 bilhão. "A nossa intenção é criar o maior banco de negócios da América Latina nos próximos dois anos", explica, em nota, a diretora de relações institucionais, engenheira química Ângela Dannemann.
"Vamos identificar, avaliar e desenvolver reservas para oferecer para outras mineradoras e outros fundos." Governos estaduais, especialmente de Goiás, Bahia, Minas Gerais e Mato Grosso, também têm dado empurrão para a descoberta de novas áreas ricas em minérios, oferecendo relatórios geofísicos aos interessados.
Fundada em 2007, a empresa tem objetivo de ser o maior banco de ativos minerais. Atualmente, a empresa é formada em 61,9% pela Douro Participações S.A., companhia pertencente ao grupo Opportunity, 22,3% pelo geólogo João Carlos de Castro e Cavalcante, e o restante é de investidores.
Parceria
A GME4, banco de oportunidades na área mineral, assinou convênio com a Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado da Bahia, para importar um espectroradiômetro para o laboratório de geociências da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), na Bahia. Segundo a empresa, o equipamento vem da Alemanha e servirá para fazer a análise de rochas e solo.
Para explorar um potencial de depósitos minerais no Piauí e em Goiás, a Global Miner Exploration, do Opportunity, precisa que seja concluído o trecho da Ferrovia Bahia-Oeste.
Veículo: DCI