Venda de Páscoa em Campinas sobe 5,9%

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A Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic) divulgou ontem um balanço dos números do comércio referentes ao movimento de Páscoa, volume de vendas no mês de março, vendas de produtos da linha branca, devolução de cheques sem fundos no primeiro bimestre de 2012 e queda de juros no mês de março em Campinas e na Região Metropolitana de Campinas (RMC).

Segundo dados da Acic, a Páscoa deste ano, comparada com a Páscoa de 2011, apresentou um crescimento nas vendas de aproximadamente 5,9% na RMC, e 6,3% em Campinas.

O economista da Acic Laerte Martins disse que essa expansão ficou um pouco abaixo do que o comércio previa, que era de 7,5%. Na contratação da mão de obra temporária, o crescimento foi de 4,34% na RMC, e 5,38% em Campinas.

"Tivemos também aí um crescimento menor que o previsto, que era de 6,5%. A explicação para esse crescimento menor que o previsto, está refletido no tíquete médio de compra, em R$ 120,00, cerca de (-4,0%) do que os R$ 125,00 previstos para o comércio", disse o economista.

Movimento de vendas

Com base nos números o Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) de março de 2012, as consultas indicam um crescimento no volume de vendas em Campinas, de 5,52% em relação a março de 2011.

"Os destaques foram ainda, as vendas a prazo, as vendas na linha branca, aproveitando a desoneração fiscal que terminaria no fim do mês, e as liquidações da mudança de estação. Realmente, o ano comercial se inicia no País depois do carnaval", destacou Martins.

O faturamento estimado para Campinas foi de R$ 720,4 milhões contra os R$ 676,4 de março de 2011, uma expansão de 6,51%. O 1º trimestre fecha com um crescimento nominal de 6,85%, que representa uma expansão real de 1,28%, descontada a inflação do período.

A inadimplência medida em carnês atrasados no trimestre, cresceu em 105,93%, número que vem se reduzindo, mês a mês. O número de carnês em atraso, janeiro a março de 2012, foi de 24.924 carnês, que representa cerca de R$ 31,2 milhões, que não circularam no comércio.

Vendas na RMC

Na RMC, as vendas também se elevaram em 4,70% em relação a março de 2012, frente a março de 2011, no trimestre a variação foi de 4,60%.

O faturamento estimado na RMC no mês de março de 2012 foi de R$ 1.719,4 milhões, contra os R$ 1.597,0 milhões de março de 2011, uma expansão de 7,66%.

O 1º trimestre fecha com uma expansão nominal de 7,10%, que representa uma expansão real de 1,52%, descontada a inflação.

A inadimplência medida em carnês atrasados ficou no trimestre em 91,6% acima do trimestre de 2011.

Atraso em carnês

O número de carnês atrasados no período, foi de 62.310 carnês, que representa R$ 74,8 milhões que não circularam no comércio no período janeiro a março de 2012.

O economista da Acic, Laerte Martins analisou também que a presente prorrogação da redução do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) que consequentemente também incide sobre o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias (ICM) e sobre o Imposto Sobre Serviços (ISS-II) sobre os eletroeletrônicos da linha branca, que vem desde dezembro/2011 até março/2012.

Linha branca

Segundo a Acic, somente a Linha Branca representou uma movimentação de vendas no comércio varejista de Campinas e região, da ordem de R$ 620,0 milhões no trimestre de janeiro a março de 2012, cerca de 22% acima das mesmas vendas no mesmo período de 2011, que foi de R$ 508 milhões.

"Considerando que essa isenção fiscal redunda numa redução média de 8% dentre os impostos, significa que o governo deixará de arrecadar cerca de R$ 29 milhões, e as empresas mantiveram estável o nível de emprego nos segmentos" disse.

Prorrogação

Com a prorrogação dessa isenção fiscal até junho deste ano na linha branca, e mais as reduções que serão concedidas nas alíquotas do IPI, o mercado atrairá mais compradores na linha branca.

Esta deverá apresentar crescimento de 11% a.m., nesses próximos três meses, e as demais isenções devem movimentar, no período de abril a junho deste ano, nessa alternativa, cerca de R$ 330 milhões no comércio varejista.

"O governo estaria abrindo mão de cerca de R$ 50 milhões, que somados aos R$ 29 milhões do período anterior, representaria de janeiro a junho de 2012, cerca de R$ 79 milhões em isenções fiscais", disse

"Acredito que é um esforço na redução do "custo Brasil", mas não é suficiente, enquanto for direcionado aos setores indústria, comércio e serviços. O ideal é uma reformulação nas políticas fiscal e tributária", destacou.


Veículo: DCI


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