No ano, exportações somam US$ 78,395 bilhões e as importações U$S 74,517 bilhões, com saldo de US$ 3,878 bilhões.
A balança comercial brasileira registrou um superávit comercial de US$ 560 milhões na primeira semana do mês, com apenas três dias úteis. As exportações somaram US$ 3,749 bilhões e as importações, US$ 3,189 bilhões, segundo os dados divulgados ontem pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). No ano, as exportações somam US$ 78,395 bilhões e as importações resultam em U$S 74,517 bilhões, com saldo positivo de US$ 3,878 bilhões.
As exportações brasileiras registraram média diária de US$ 1,250 bilhão na primeira semana de maio, crescimento de 18,5% em relação a maio do ano passado. É a maior valor semanal de média diária para as vendas externas em 2012. As três categorias de produtos tiveram aumento nos embarques, de acordo com o Mdic.
Os básicos aumentaram 22,1% por conta, principalmente, de algodão em bruto, arroz, soja em grão, carne bovina, petróleo, carne de frango e bovinos vivos. As exportações de manufaturados tiveram alta de 14,4%, puxadas por etanol, veículos de carga, automóveis, suco de laranja, óleos combustíveis, tratores, e motores e geradores. Os semimanufaturados apresentaram crescimento de 13,6%, puxadas pelas vendas de ouro em forma semimanufaturada, semimanufaturados de ferro e aço, ferro-ligas, couros e peles, borracha sintética, madeira serrada e açúcar em bruto.
Nas importações, a média diária na primeira semana de maio foi de US$ 1,063 bilhão, 18,8% acima da média de maio de 2011 (US$ 894,8 milhões). Foi a primeira vez que a média diária semanal ultrapassou a casa de US$ 1 bilhão este ano. Aumentaram, principalmente, as importações de farmacêuticos (87,1%), combustíveis e lubrificantes (40,4%), cereais e produtos de moagem (32,0%), veículos automóveis e partes (18,1%), aparelhos eletroeletrônicos (18,0%) e equipamentos mecânicos (15,5%).
No acumulado do ano, até a primeira semana de maio, as exportações registram média diária de US$ 911,6 milhões, com alta de apenas 2,2% em relação ao mesmo período de 2011. A média diária das importações no ano é de US$ 866,5 milhões, 5,4% maior que a média diária do mesmo período do ano passado.
Por conta do fraco desempenho do comércio exterior este ano, o superávit comercial acumulado caiu. O saldo de US$ 3,878 bilhões (média de US$ 45,1 milhões), é 35,1% menor que os US$ 5,974 bilhões em igual período de 2011.
Protecionismo - Já o comissário de Comércio da União Europeia (UE), Karel De Gucht, chamou a atenção hoje para o protecionismo na América do Sul e disse que o Brasil, a maior economia da região, tem "muito a perder" com isso.
Ele afirmou que uma América Latina integrada criaria fortes economias, "tornando-as mais competitivas com os mercados globais". Porém, Gucht disse que o Brasil "tem muito a perder com uma tendência ao protecionismo na região". Ele afirmou ainda que o Brasil deve se orgulhar do enorme progresso que obteve nos últimos anos, mas o país não pode se acomodar se deseja atingir um novo estágio de desenvolvimento.
Os comentários de Gucht ocorrem poucas semanas após a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, enviar ao Congresso um projeto de lei - já aprovado e sancionado - que expropria 51% de participação da espanhola Repsol na petrolífera YPF e uma semana após o presidente da Bolívia, Evo Morales, expropriar ativos da operadora de rede de energia elétrica espanhola Red Eléctrica Corp. e ordenar que as forças armadas tomassem o controle das instalações. (AE)
Veículo: Diário do Comércio - MG