Genéricos batem recorde e podem ter 30% do mercado

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O primeiro trimestre de 2012 marcou um novo recorde para as vendas de medicamentos genéricos no Brasil, que atingiram 25,4% de participação no mercado, sem perspectiva de retração nesse desempenho. Segundo o presidente da Pró Genéricos, Odnir Finotti, é possível que até o fim de 2012 os genéricos já representem 30% das vendas de remédios no país.

“O que vemos é que depois de 10 anos o mercado continua robusto e com expectativa de mais crescimento, tanto em razão dos produtos que já estão à venda há alguns anos, quanto puxado pelos que têm sido lan- çados atualmente”, afirma Finotti. “Assim mais e mais brasileiros passam a ter acesso a medicamentos”.

De acordo com a Pró Genéricos, em 2011 começaram a chegar às farmácias brasileiras 20 novos genéricos, com custo no mínimo 30% inferior aos seus respectivos medicamentos de referência e que, por sua vez, também contribuem para a redução de custos até mesmo dos remédios de referência. E o Brasil ainda tem espaço para muito mais crescimento dos genéricos.

Conforme acrescenta Antonio Britto, presidente da Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa), há países em que esses medicamentos representam entre 40% e 50% do mercado. “No Brasil esse fenômeno ainda é recente, mas a tendência é que ele amadureça de maneira que tenhamos uma divisão entre os genéricos, os de referência e os similares”, diz. Justamente por isso, segundo Britto, é natural que o mercado absorva os ciclos dos medicamentos — lançados como de referência e que depois passam a ser oferecidos como genéricos.

“É natural também que nós tenhamos os laboratórios produtores dos medicamentos de referência liderando a fabricação de genéricos”, acrescenta Britto. Os dados da Interfarma apontam que seus associados (representados pelas maiores indústrias farmacêuticas em atuação no Brasil), respondem por 41% da produção de genéricos.

Não à toa, a EMS Pharma detinha, no fim do ano passado, 7,77% de participação no mercado de medicamentos brasileiro sozinha, com vendas que chegavam a US$ 2 bilhões. A Medley, segunda do ranking , tinha 7,11% de participação em dezembro de 2011, com soma das vendas de US$ 1,8 bilhão. Excluindo a participação dos genéricos do total da indústria, a evolução do mercado foi de cerca de 6%, em unidades vendidas no trimestre, segundo dados da Pró Genéricos. A entidade calcula que os brasileiros já tenham economizado R$ 26,7 bilhões desde que esses medicamentos chegaram ao mercado, em 2001.



Veículo: Brasil Econômico


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