O governo dos Estados Unidos reduziu ontem sua estimativa para os estoques de soja no fim da temporada 2011/12, o que impulsionou os preços na Bolsa de Chicago. O Departamento de Agricultura (USDA) espera que, em 31 de agosto, os estoques de soja totalizem 210 5,71 milhões de toneladas, uma queda de 16% ante a estimativa de abril e de 2,3% ante o volume excedente do ciclo passado. O motivo da mudança é o aumento das exportações e do consumo doméstico. Com oferta mais restrita, os contratos da commodity para entrega em julho avançaram 1,75%, para US$ 14,5525 por bushel. "As exportações podem aumentar mais e a colheita na Argentina pode ser menor do que a prevista pelo próprio USDA", disse à Dow Jones o analista Don Roose, da corretora US Commodities.
Também os preços do milho e do trigo reagiram às estimativas do governo americano, que são divulgadas mensalmente. Para o milho, surpreendeu a elevação da perspectiva de estoques, pois o governo projeta um menor uso do cereal como ração. Os lotes do milho para entrega em julho caíram 3,25%, para US$ 5,8750 por bushel. Segundo analistas, o dado foi positivo para criadores de animais e produtores de etanol, pois sinaliza oferta mais confortável de matéria-prima e, portanto, preços mais baixos.
Já o trigo recebeu diferentes influências do relatório e fechou em leve alta. Embora a queda dos preços do milho tenha pressionado as cotações do cereal, pois ambos são usados como ração, o governo reduziu sua previsão para os estoques de trigo.
Veículo: O Estado de S. Paulo