Cinco empresas de Minas presentes na NaturalTech

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Feira internacional em SP reunirá 220 expositores.

Minas Gerais, embora seja conhecida pela diversidade da natureza, ainda deixa de aproveitar grandes oportunidades de negócios na área de produtos naturais e orgânicos. A única feira de negócios do setor no país aberta ao público, a Feira Internacional de Alimentação Saudável, Produtos Naturais e Saúde (NaturalTech), que acontece em São Paulo entre 24 e 27 de maio, vai reunir 220 expositores, entre eles apenas cinco mineiros.

A NaturalTech abriga produtores e processadores de alimentos funcionais, probióticos, nutricionais, integrais e vegetarianos, suplementos, diet e light; empresas de cosméticos naturais, higiene pessoal, óleos essenciais e acessórios; e fornecedores de produtos e serviços para clínicas de estética, spas, fitoterapia, massoterapia, aromaterapia e outros tratamentos auxiliares.

A Biobotica, empresa de Poços de Caldas, no Sul de Minas, trabalha com pequenos objetos com princípios aromaterápicos. São almofadas, chaveiros, travesseiros, pantufas, entre outros, além de óleos essenciais e ervas medicinais in natura.

Segundo a diretora de Marketing da Biobotica, Adriana Vivalde, os produtos oferecidos pela empresa não são medicinais. Quase todos são de uso externo e classificados como terapêuticos, indicados para quem procura bem-estar, relaxamento e vigor, utilizando princípios das medicinas alternativas como coadjuvante em tratamentos de saúde.

"Trabalhamos com as melhores matérias-primas, vindas de fornecedores de todo o mundo. As ervas têm como procedência laboratórios certificados que importam grande parte da Índia e da China. Do Paraná vem a maioria dos produtos orgânicos, sendo que o algodão é comprado do Rio Grande do Norte", exemplifica a diretora.

No mercado desde 1997, a empresa passou a investir no segmento em 2008. Já produziu brindes, especialmente para a Semana de Qualidade de Vida, para grandes empresas como a Ipiranga e a TIM. São 15 colaboradores que se dedicam ao trabalho manual das peças, que já chegaram à Itália. "Nos preocupamos não somente com a qualidade dos nossos produtos, como também com todo o processo. Além da certificação das matéria-primas, procuramos empresas que trabalhem com o conceito de comércio justo", explica Adriana Vivalde.

Sem revelar o faturamento, a diretora afirma que em 2011 o crescimento foi de 20% na comparação com as vendas efetuadas em 2010 e para 2012 a expectativa é de uma expansão de 25% sobre 2011. Apesar dos bons números, ela ainda vê o ano em curso com cautela. "Estamos em ano eleitoral e isso acaba criando um compasso de espera para a maioria dos negócios. Como uma pequena empresa, mesmo optante do Simples Nacional, ainda sofremos com a alta carga tributária e com dificuldade de acesso ao crédito", reclama.

Mesmo com as dificuldades, a empresa está investindo no atendimento on-line e já recebeu propostas de países do Mercosul. "Somos parceiros da Mundo Verde, um dos maiores distribuidores de produtos naturais do Brasil, e temos penetração nas capitais e boas perspectivas para São Paulo. Apesar de estarmos conseguindo distribuir para todo o Brasil, ainda sentimos que temos muito a crescer em Minas Gerais. O nosso Estado pode crescer tanto na produção quanto no consumo de produtos orgânicos", avalia.


Doces - Em Carmo de Minas, também na Sul do Estado, a Do Pé ao Pote partiu da produção certificada de frutas orgânicas para a de doces industrializados orgânicos. Segundo o sócio-proprietário da empresa, Erick Carvalho Pinto, a fábrica, que funciona há um ano, emprega cinco funcionários e, dependendo da safra, pode chegar a 20 colaboradores. "Vamos à NaturalTech para dar maior visibilidade à nossa marca. Vendemos principalmente na nossa região e já tivemos procura de Belo Horizonte e Rio de Janeiro", diz o empresário.

Com investimento de R$ 1,2 milhão em equipamentos e instalações, a fábrica hoje produz 200 quilos de doces por dia, mas tem capacidade para processar até 5 toneladas diárias. A nova operação demandou quatro anos de pesquisas e planejamento. "Trabalhamos com café certificado e queríamos aproveitar a produção de frutas. Por enquanto, estamos vivenciando as dificuldades naturais de uma empresa no seu primeiro ano. A carga tributária é um peso para qualquer empresa e as dificuldades com a logística também pesam, principalmente para quem trabalha com produtos tão delicados como os nossos", explica. O próximo lançamento da empresa é o doce de leite, que está aguardando a liberação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).


Veículo: Diário do Comércio - MG


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