Em tempos de integração e convergência no varejo, quem não investir no visual e nos apelos sensoriais para atrair clientes, tanto da nova classe média como do público AAA, perde a chance de transformar o negócio em uma empreitada de futuro. Esse foi o destaque da palestra "Visual merchandising – o ambiente de loja como promotor de vendas", ministrada ontem por Manoel Alves Lima, diretor da FAL Design Estratégico para o Varejo, no segundo dia do 12º Brasilshop – Congresso Internacional do Varejo, realizado pela Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), em São Paulo.
Lima, que apresentou cases de clientes como Fototica, Bob's, Tip Top, Pampili, Sony, Havaianas e Claro, entre outros, listou maneiras de como o varejista deve usar para atrair e encantar cliente, como sustentabilidade, modernidade, conveniência, inspiração e prestígio. Por isso a importância em investir no visual como ferramenta de marketing, inclusive nas redes sociais. "O lojista não anuncia, mas gasta uma 'nota preta' para estar nos melhores pontos e atrair o melhor público para sua vitrine. É um processo que se constrói para melhorar relações com o consumidor, e ajuda a criar valor para seus produtos", disse.
O especialista citou lojas da Apple como destaques em inovação e reconfiguração do varejo. "Se tem alguém que poderia abrir mão de lojas físicas seria ela", comentou.
Inovação – A loja virtual do Magazine Luiza no Facebook e no Orkut, por exemplo, permite que consumidores atuem como intermediários na venda de produtos e até ganhem comissão. Este é, segundo Lima, um caso bem sucedido e inovador de como os varejistas abrem cada vez mais os leques de diversificação para vender e cativar o público.
Enquanto o e-commerce é imbatível em conveniência e preço, apontou Lima, lojas físicas são imbatíveis em envolvimento e apelos sensoriais da marca. "Quem não tiver essa concepção de integrar tecnologias vai virar 'dinossauro'".
Segundo o especialista, "varejo não é lugar para peixe pequeno": "Em tempos de situação econômica estabilizada e um número maior de consumidores "batendo na porta', a concorrência aumenta e é preciso atender a todos de forma cada vez mais satisfatória e atual".
"Cada vez menos 'vender preços' será relevante. A ansiedade por status empurra as pessoas cada vez mais para o consumo. Por isso o varejo terá que trabalhar cada vez melhor, ser mais atrativo, mais comunicativo e apresentar cada vez mais o DNA das marcas para conquistar o cliente", disse.
Veículo: Diário do Comércio - SP