Água proporciona retomada do cultivo de trigo
Em um indicativo de recuperação do campo, as chuvas recentes garantiram o crescimento de pastagens e o plantio do ciclo de inverno. Mas em sete meses de seca, o prejuízo à economia gaúcha chega a R$ 17,1 bilhões, calcula a Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul).
Aretomada das atividades agrícolas ainda contrasta com reservatórios secos. A previsão do Centro Estadual de Meteorologia (Cemet) é que as precipitações atinjam a média histórica pelo menos até a primavera. Em Passo Fundo, a chuva mudou a paisagem. E o ânimo. Desde o início de junho, segundo o Cemet, o acumulado chega a 157 milímetros, 14,6% acima da média histórica para todo o mês.
Pesquisadora em agrometeorologia do centro, Bernadete Radin afirma que é cedo para falar em fim da seca, mas observa que há sinais de recuperação:
– A chuva dentro da média histórica não garante que tudo voltará ao normal, mas traz uma boa expectativa para que se possa superar a seca.
Diante da maior quantidade produzida – e perdida – no ciclo atual, a Farsul calcula que a safra 2011/2012 causou maior prejuízo econômico ao Rio Grande do Sul do que a de 2004/2005.
– As perdas estão consolidadas, mas a quebra ainda pode afetar a próxima safra. Por isso, a disponibilidade de crédito ao agricultor será crucial – alerta Antônio Luz, economista da Farsul.
Em sintonia, a Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag) cobra do governo federal uma definição quanto à linha de crédito emergencial no valor de R$ 10 mil para os agricultores familiares atingidos pela seca.
Nas lavouras, a rotina vai voltando ao normal. Segundo a Emater, as chuvas recentes acabaram com o atraso no plantio do trigo e garantiram melhor qualidade das pastagens.
Veículo: Zero Hora - RS