Para enfrentar Danone, Vigor e Nestlé lançam iogurte grego

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A Grécia não vive os seus melhores momentos no futebol - foi derrotada nas quartas de final da Eurocopa - e, muito menos, na economia. Mas vem da gastronomia grega a inspiração para movimentar um mercado de R$ 5 bilhões no Brasil. O iogurte grego é a novidade apresentada neste mês pelas concorrentes Vigor e Nestlé, que começam a trabalhar, ao mesmo tempo, um novo segmento na categoria, além dos tradicionais iogurtes líquidos, de polpa, funcionais e naturais.

"O iogurte grego é ultra cremoso, com uma consistência mais densa e 35% mais proteínas do que o iogurte natural ", disse ao Valor o presidente da Vigor, Gilberto Xandó.

A empresa realizou ontem uma convenção em São Paulo para apresentar o Vigor Grego à sua equipe de vendas. Um dia antes, a Nestlé havia reunido blogueiros e repórteres de revistas especializadas em gastronomia, num um restaurante da capital paulista, para lançar o Nestlé Grego.

Segundo Anne Nápoli, diretora de marketing da Vigor, o iogurte grego se tornou uma febre nos Estados Unidos. "Lá, o produto já representa entre 20% e 25% da categoria de iogurte, depois de quatro anos de mercado", afirma a executiva. "Enquanto no país o consumo é de 6,5 quilos per capita ao ano, na França é de 20 quilos ao ano", diz Anne. A líder mundial no consumo de iogurtes é a Holanda, com 41,9 quilos per capita ao ano, segundo dados da Euromonitor.

Por aqui, o lançamento da Vigor é apresentado nas versões, tradicional e baunilha, em pote de 100 gramas, ao preço sugerido de R$ 1,99. "É o dobro do preço do iogurte natural", diz Xandó, ressaltando que o lançamento faz parte da estratégia da companhia de reforçar o portfólio da marca Vigor com itens de maior valor agregado.

A multinacional suíça, por sua vez, apresenta o Nestlé Grego em cinco versões: tradicional adoçado (400g), frutas vermelhas (400g), tradicional adoçado com pedaços de morango (130g), tradicional adoçado com pedaços de abacaxi (130g) e tradicional adoçado com cereal matinal (105g). Os preços sugeridos são R$ 1,99 (unitário) e R$ 4,29 (bandeja).

O mercado de iogurtes cresceu cerca de 10% no ano passado, para R$ 5 bilhões. A líder de mercado é a francesa Danone, seguida por Nestlé, BRF Brasil Foods (dona de Batavo e Elegê) e Vigor, dona de 6% de participação em valor. "No Estado de São Paulo, estamos em segundo lugar, só atrás da Danone", afirma Xandó.

Veio da multinacional francesa a última grande inovação no mercado de iogurtes nacional: o lançamento de Activia, em 2004, produto que se tornou o carro-chefe da Danone no país, abrindo a categoria de produtos funcionais.

Alheia às investidas dos dois concorrentes no seu principal negócio, a Danone anunciou nesta semana a sua chegada ao mercado de leite UHT, segmento explorado há mais tempo pela Vigor e pela Nestlé.

O produto tem preço sugerido de R$ 2,49 e será distribuído neste ano apenas no Estado de São Paulo. A expectativa da companhia é levar o leite em caixinha para as demais regiões do país a partir de 2013.



Veículo: Valor Econômico


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