Receita da Kraft no país fica apenas "estável"

Leia em 1min 50s

As vendas da Kraft Foods no Brasil estagnaram durante o segundo trimestre de 2012, disse ontem em conferência com analistas David Brearton, vice-presidente executivo e CFO da Kraft Foods. Durante o primeiro trimestre do ano, a receita da fabricante americana de alimentos cresceu em torno de 5% no país, segundo ele, e no segundo trimestre ficou "estável". O chocolate Lacta segurou as vendas da Kraft por aqui, e continua sendo o carro-chefe da multinacional no país.

Além do Brasil, Brearton afirmou que o crescimento na Rússia também desacelerou. "Reconhecemos que não estamos imunes às condições macroeconômicas adversas", afirmou o executivo.

As vendas de chicletes no Brasil foram menores do que em 2011, segundo Irene Rosenfeld, presidente do conselho e CEO da companhia. "No segundo trimestre, nossa receita brasileira de chicletes recuou", disse, acrescentando: "Apesar de menor receita, ganhamos participação de mercado."

A Kraft informa que é líder em biscoitos e chicletes, e vice-líder em chocolates e doces no Brasil. Os chocolates Bis e Sonho de Valsa, os biscoitos Trakinas e Club Social, o cream cheese Philadelphia, chiclete Trident e a bala Halls também fazem parte de seu portfólio no país.

Irene acrescentou que a queda foi compensada pelo aumento nas vendas em outras regiões, como Europa Central e Leste Europeu. Ela também citou Índia e China como países com forte crescimento, mas enfatizou que Brasil e Rússia são os mercados emergentes mais importantes para a empresa.

A receita da divisão de mercados emergentes da Kraft Foods alcançou US$ 3,89 bilhões, 3,6% a menos do que em 2011. Esse grupo de países representa 30% do faturamento da companhia.

O lucro líquido da Kraft Foods cresceu 5,4% para US$ 1 bilhão. As vendas líquidas globais recuaram 4,3%, para US$ 13,28 bilhões. O resultado foi prejudicado pelas vendas antecipadas de Páscoa, segundo os executivos. O varejo comprou chocolate da indústria entre fevereiro e março, pois o feriado caiu na primeira semana de abril. Essas vendas entraram no balanço do primeiro trimestre.

Em 1º de outubro, a Kraft Foods deve dividir sua divisão global de alimentos, que será rebatizada como Mondelez International. A Kraft Foods vai continuar com as operações de queijos, frios e café, que mantém nos Estados Unidos.



Veículo: Valor Econômico



Veja também

Grifes ampliam o mix para atender também a classe C

Enganam-se os que veem as marcas de luxo com foco voltado apenas os consumidores das classes A e B. No varejo brasileiro...

Veja mais
Venda da Nivea cresce 14% na América Latina

As vendas da unidade de consumo do grupo alemão Beiersdorf, fabricante da marca de cosméticos Nivea, aumen...

Veja mais
Panasonic quer mudar sua imagem no Brasil

À frente da loja da Panasonic, no Shopping Morumbi, zona sul de São Paulo, uma réplica em tamanho n...

Veja mais
Varejistas dos EUA crescem em julho

As vendas das varejistas americanas registraram tendência positiva em julho. As lojas de departamento Macy's e Sak...

Veja mais
Indústria vai à Justiça para liberar mercadorias retidas pelas greves

A operação-padrão de fiscais da Receita Federal e a greve dos funcionários da Agência ...

Veja mais
Drogaria abre em Votuporanga

Considerada uma das maiores redes de drogarias do País, a Drogaria São Paulo acaba de inaugurar a sua prim...

Veja mais
Varejo: Analistas preveem desempenho melhor neste segundo semestre

As vendas totais do comércio varejista deverão apresentar melhor desempenho no segundo semestre em rela&cc...

Veja mais
L’Oréal relança Garnier Fructis

A linha de xampus, condicionadores e cremes de tratamento Garnier Fructis, marca de largo consumo da L´Oréa...

Veja mais
Sony corta previsão de venda por emergentes

Desaceleração das economias em desenvolvimento e crise do euro levam japoneses a apertar o cinto. Rival Sh...

Veja mais