A americana McIlhenny Company, fabricante da pimenta Tabasco, amplia o portfólio para temperar ainda mais o prato dos brasileiros.
Imagine quase 135 mil pessoas pedindo novos produtos de sua empresa. Pois foi o clamor dos internautas no Facebook que acabou acelerando os planos de expansão da McIlhenny Company, fabricante da pimenta Tabasco, para o Brasil. Ao longo de 2011, seus fãs já fizeram inúmeros pedidos para incrementar o portfólio oferecido por aqui. Deu certo. A partir de agosto, a companhia pretende começar a distribuir um molho agridoce, uma maionese, além de uma geleia e um sal gourmet. Todos incrementados com a famosa pimenta que começou a ser produzida na década de 1860, na cidade de Avery Island, na Louisiana, região sul dos Estados Unidos. Com isso, os americanos esperam fortalecer ainda mais a presença do Brasil em seu faturamento.
Hoje, o País é o oitavo mais importante em uma lista de 165. A empresa não revela números de receita ou de investimento. Mas é possível inferir seu desempenho. Somente no ano passado, foram vendidos cerca de dois milhões de vidrinhos da pimenta. Como cada um custa, em média, R$ 7,50, o faturamento chega a R$ 15 milhões na ponta do varejo. A entrada em novos segmentos se dá em um momento importante. As refeições fora do lar vêm consumindo uma fatia cada vez maior da renda dos brasileiros. No período 2010-2011, o percentual cresceu de 31% para 35,4%. A escolha do nicho maionese e a ampliação em temperos levaram em conta a força desses produtos, cujo consumo avança na casa de 10% ao ano.
“O brasileiro está cada vez mais acostumado a diferentes tipos de culinária e faz muitas refeições fora de casa”, afirma Stephen C. Romero, vice-presidente mundial de vendas da McIlhenny. Para definir sua estratégia, os americanos também pediram a ajuda do parceiro local, a Aurora, que distribui seus produtos desde 1975. “Conversamos com revendedores para descobrir o que o mercado quer”, diz Deborah Navarro, gerente da área de alimentos. A produção da Tabasco é feita na empresa batizada com o sobrenome da família de seu criador, o banqueiro americano Edmund McIlhenny. Desde então, superou tempos difíceis nos Estados Unidos, como a Grande Depressão de 1929.
Veículo: Revista Isto É Dinheiro