Valor pago ao produtor apresentou retração de 2,6% em Goiás no mês passado, aponta a CNA.
Os preços pagos aos produtores pelo litro de leite recuaram no mês de julho nas principais regiões produtoras, reflexo do aumento no volume de captação do produto. O clima mais favorável e a pressão das indústrias e das cooperativas determinaram as quedas, segundo boletim Custos e Preços, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
Em Goiás, no mês de julho, o litro do leite foi vendido a R$ 0,857, com queda de 2,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Além do leite, a Superintendência Técnica da CNA também avalia, no boletim, o desempenho dos mercados de milho, soja, café, algodão, arroz, cacau, boi gordo e feijão, além de apresentar dados sobre os estoques mundiais de alguns produtos agropecuários.
O levantamento mostra que os preços do feijão também caíram, desempenho influenciado pela maior oferta do produto em virtude da colheita das áreas irrigadas do Centro-Oeste e do Sudeste. A retração da demanda também contribuiu para a redução de 16,7% dos preços do feijão carioca em Unaí, no Noroeste de Minas. De acordo com a CNA, os preços do feijão preto seguem estáveis em função da oferta de produto argentino. Os estoques nacionais estão em níveis razoáveis, o que, aliado à considerável diminuição da demanda, justifica esse cenário.
Os preços do café no mercado interno também recuaram, refletindo o cenário externo, influenciado pelas notícias de avanço da colheita no Brasil e a melhora das condições climáticas. Em Iúna (ES) e Ribeirão do Pinhal (PR), as perdas por saca comercializada chegam a R$ 100,09 e R$ 75,58, respectivamente, enquanto em Santa Rita do Sapucaí, no Sul de Minas, as perdas são de até R$ 90,99/saca. "Os produtores têm procurado segurar os lotes de café de melhor qualidade e ofertar os demais lotes. A indústria, por sua vez, tem atrasado as compras", informa a CNA.
Veículo: Diário do Comércio - MG