A confiança do empresário do comércio continua a diminuir. O Índice de Confiança do Comércio (ICOM), divulgado nesta terça-feira pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), caiu 4,0% no trimestre encerrado em agosto, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Em julho, a queda havia sido de 3,4% na mesma base de comparação. Em agosto, o ICOM ficou em 127,4 pontos, abaixo da média histórica dos 30 meses da pesquisa (130,8 pontos), "resultado que sugere um quadro de moderação da atividade do setor", informou a FGV.
No varejo restrito, na comparação com os mesmos períodos de 2011 a queda se acentuou, ao passar de -2,2% no trimestre terminado em julho para um recuo de 4,1% nos três meses terminados em agosto de 2012. Já no Varejo Ampliado - que inclui veículos, motos e peças e material para construção -, a taxa passou de -3 3% em julho para -4,3% em agosto.
Pelo terceiro mês consecutivo, as taxas interanuais trimestrais do segmento de veículos, motos e peças evoluíram positivamente: de -4,5% em julho para -3,4% em agosto. No segmento de material para construção, houve ligeira melhora, com variação de -7,6% em agosto, após recuo de 9,1% no mês anterior. No atacado, a taxa interanual do segmento de veículos ficou em -2,9% ao fim de agosto e a de material de construção, em -3,7%.
A FGV destacou que as variações interanuais do indicador trimestral de confiança, entre julho e agosto, demonstram evolução favorável em sete dos 17 segmentos pesquisados. No varejo restrito, as comparações interanuais melhoraram em dois de nove segmentos. No varejo ampliado, em cinco de 13 segmentos. Já o atacado registrou melhora em dois dos quatro segmentos pesquisados.
"Em termos relativos, a abertura dos resultados pelos componentes do índice de confiança mostra piora do Índice da Situação Atual (ISA-COM) e relativa estabilidade do Índice de Expectativas (IE-COM)", informou a FGV.
O ISA-COM médio do trimestre findo em agosto foi 4,1% inferior ao do mesmo período do ano passado; em julho, a variação havia sido de -2,3%, na mesma base de comparação. O ISA-COM retrata a percepção do setor em relação à demanda no presente momento. Na média do trimestre findo em agosto, 19,4% das empresas consultadas avaliaram o nível atual de demanda como forte e 22 7%, como fraca. No mesmo período de 2011, estes percentuais haviam sido de 20,5% e 19,7%, respectivamente.
Em relação às expectativas, o IE-COM recuou 4,0% em agosto na comparação com o ano anterior. Em julho, a queda havia sido de 4 2%. Entre os quesitos integrantes do índice, as vendas nos três meses seguintes foram o item que mais contribuiu na ligeira melhora da comparação interanual entre julho e agosto. Dentre as empresas consultadas, 61,3% esperam aumento e 4,1%, diminuição das vendas (contra 65,3% e 4,0%, respectivamente, em 2011).
Veículo: Diário do Comércio - SP