O Natal, todo mundo sabe, é época em que mais se vende peru, vinho, nozes, uva passa. Mas essa também é a época do ano em que mais se vende azeite. E este ano, não só por conta da comilança das festas. O produto agora também se transformou em presente de fim de ano.
"Dar um vidro de azeite extra-virgem de presente virou moda e é chique", diz a diretora-geral da Gallo Brasil, Rita Bassi. A empresa está fechando 2008 com alta de mais de 30% nos negócios, que se mantiveram aquecidos mesmo depois da desvalorização do real e o conseqüente aumento de preço do produto.
"O azeite subiu, mas o preço continua acessível. O costume de usar um bom azeite para cozinhar tem se espalhado. Quem experimentou quando o dólar estava baixo, nem pensa em voltar para o óleo de soja ou para a margarina", explica a executiva.
A marca, líder no mercado brasileiro, está entrando na nova onda lançando uma edição chamada Gallo Azeite Novo, feito das primeiras azeitonas da colheita da nova temporada 2008-2009 da safra portuguesa. O produto é envasado em garrafas numeradas, somando 19.975 unidades.
O mercado brasileiros de azeites, segundo dados do Comitê Oleícola Internacional, deve duplicar em volume até 2015. Só no ano passado, o setor movimentou 25 milhões de litros, registrando vendas da ordem de R$ 680 milhões. A Gallo registrou crescimento de 30% de janeiro a agosto deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. "Como nossa maior venda acontece no final do ano e também na Páscoa, a expectativa é manter esse ritmo de crescimento, ou até aumentá-lo, até o fim do ano e continuar crescendo em 2009", diz Rita. A Gallo, segundo ela, ao incentivar o uso do azeite não só como tempero mas como ingrediente na culinária pretende aumentar as vendas fora das festas e assim diminuir a dependência em relação à sazonalidade.
Veículo: Valor Econômico