Doçarias apostam em itens sazonais e abertura de pontos

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A proximidade de datas sazonais de peso, como o Dia da Secretária, que se comemorado no dia 30 de setembro, além das vendas de final de ano com o Natal e Ano Novo, tem animado as redes de fabricação e comercialização de doces, principalmente as chocolaterias. As perspectivas são positivas e empresas como a Tchocolath, especializada na venda de chocolates artesanais, estima um período fértil, com incremento de vendas em torno de 15% este ano, frente a igual período de 2011.

Ao DCI, as empresárias Eliana Pasquali e Anna Maria Guelpa Hauache contaram que a estratégia escolhida por elas foi lançar novos produtos, além de dar uma roupagem de Natal aos itens da marca disponíveis para o consumidor o ano todo. "Tanto no Natal [segunda melhor data de vendas para a Tchocolath] quanto na Páscoa são lançados dois ou três novos produtos", disse Anna Maria. Eliana explica que para este Natal os lançamentos estão pontuados no pão de mel de nutella (carro-chefe de vendas) - exclusividade da marca - e na trufa de panetone. "Nos preocupamos em ter produtos diferenciados para agradar nossos consumidores, que estão cada vez mais exigentes", comentou.

Ambas explicaram que o sucesso desses lançamentos é tanto que os preferidos pelos consumidores acabam sendo vendidos o ano inteiro. "Nossos consumidores sempre pedem para inserirmos aqueles chocolates que eles mais gostaram nas datas temáticas", disse Eliana.

Para dar todo o toque de exclusividade que a marca propõe, a matéria-prima para a produção dos chocolates e demais itens vem de fontes nacionais e do exterior.

As empresárias, que focam em itens artesanais e mais voltados às classes A e B, explicaram que, neste ano, os insumos estão em torno de 15% mais caros, mas afirmam que, para não perder a clientela, não haverá repasse de preço em seus itens. "Eles estão mais caros, mas nós temos que segurar isso", enfatizou Anna Maria.

Os produtos prontos para venda e os de Natal, que em breve estarão disponíveis ao consumidor, custam de R$ 7 a R$ 198 e podem ser personalizados.

Expansão de redes

Afora a questão da previsão de aquecimento das vendas graças à demanda de fim de ano, as redes de doçaria têm anunciado de maneira recorrente a expansão de suas marcas através da abertura de novas lojas. Uma das mais tradicionais empresas do segmento, a rede de confeitarias paulista Ofner, é uma delas. Em continuidade aos seus planos de expansão, a empresa inaugurou sua nova loja no reduto do varejo de luxo Shopping JK Iguatemi, em São Paulo. É a 22ª unidade da rede, feita sob novo projeto de arquitetura, concebido no formato Express. O investimento foi estimado em R$ 400 mil.

No mesmo centro de compras de marcas premium em São Paulo, a La Nuit Chocolates acaba de inaugurar uma unidade, com um conceito diferenciado. O chocolate é feito na hora e o cliente pode visualizar a elaboração dos bombons e das trufas no local. A loja da La Nuit foi projetada pela Triplex Arquitetura. A empresa de chocolates também tem loja no Itaim Bibi.

De volta às marcas de referência do ramo no País, a rede de chocolaterias Kopenhagen reforçou a linha de sucesso Nhá Benta, produto clássico da empresa que ganhou novos sabores, além de campanha publicitária com o ator Edson Celulari. O garoto-propaganda divulga os sabores tradicional, maracujá e morango. O investimento em mídia foi de cerca de R$ 4,5 milhões.

Por sua vez, a Sôdie Doces, rede de franquias de doceiras que fazem bolos, inaugurou recentemente mais duas lojas no Estado de São Paulo: uma na capital, no bairro da Lapa, e uma em São Vicente, da Baixada Santista. Primeiramente conhecida como Sensações Doces, a rede surgiu em Salto (SP), e atua há mais de 13 anos no mercado. Hoje são mais de 90 os seus pontos de venda.

Mercado de consumo

O Brasil é o 4º maior produtor mundial de chocolates e conta com sinônimos mundiais de sucesso, como o caso da rede Cacau Show, cujo presidente é Alexandre Tadeu da Costa. A empresa é a maior do ramo hoje, mas surgiu no começo da Páscoa de 1988, quando Alexandre, aos 17 anos, resolveu revender chocolates e logo conseguiu uma encomenda de 2 mil ovos de 50 gramas. Hoje são cerca de 1.100 os seus franqueados. Em 2010, a rede faturou mais de R$ 400 milhões. A empresa está inserida em um mercado nacional que perde apenas para o dos Estados Unidos (líder), o da Alemanha e o do Reino Unido.

Cada brasileiro ingere, em média, pouco mais de 2,2 quilos de chocolate ao ano. Em 2011, isto resultou na venda de 390 mil toneladas de chocolate no País. Estes dados foram compilados pela Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab). Em 2011 a indústria nacional do setor teve um faturamento de US$ 12,6 bilhões, o que correspondeu a pouco mais de 50% da receita da atividade deste setor em toda a América Latina, que foi de US$ 24,9 bilhões.


Veículo: DCI


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