Depois de o Brasil ter se tornado o maior produtor e exportador e o segundo maior consumidor de café do mundo o País desponta como um dos maiores fornecedores mundiais de cafés especiais, diferenciados por sua qualidade e agregação de valores socioambientais. Atualmente praticamente todas as regiões cafeeiras do Brasil produzem grãos especiais, como o Cerrado, Zona da Mata e Sul de Minas Gerais, Serra do Espírito Santo, Bahia, São Paulo e Paraná.
"Que o Brasil há muitos anos produz cafés de qualidade excepcional e variada não é novidade, inclusive pela sua diversidade de climas, altitudes e tipos de solo. O que é novo é o fato de o setor produtivo aguçar cada vez mais a visão de mercado impulsionado pelo crescente movimento rumo à diferenciação do produto, grande parte dele devido às novas exigências do mercado externo e interno. Essa tendência é irreversível e cresce em ritmo acelerado, trazendo novas oportunidades de negócios e desenvolvimento para o País, pois o preço também é diferenciado", diz o professor Flávio Borém, da Universidade Federal de Lavras, participante do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café.
Segundo o professor, por muitos anos, o Brasil foi conhecido como fornecedor de café comum, com pouca qualidade, comparado a outros países produtores. "No mercado internacional, o Brasil ainda possui a imagem de grande produtor de um único tipo de café. Essa é uma imagem equivocada e bastante negativa", disse.
De acordo com Flávio Borém, é possível encontrar várias definições para café especial, refletindo muitas vezes os efeitos da cultura, costumes e valores de cada povo, região ou país e estando associado ao prazer que a bebida proporciona.
Veículo: DCI