Oferta de hortifrútis recua 3% na Ceasa Minas

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Clima prejudicou a produção.


O clima chuvoso, combinado com as altas temperaturas, tem prejudicado a produção e a qualidade final de alguns hortigranjeiros em Minas Gerais. O impacto é percebido na oferta dos produtos na Centrais de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasa Minas) que em outubro ficou 3% inferior em relação a setembro. A tendência é de que sejam registrados novos recuos em novembro, já que o clima deverá permanecer desfavorável para alguns itens.

De acordo com dados da Ceasa Minas, em outubro, ao contrário da oferta, o faturamento obtido com as vendas gerais cresceu e somou R$ 361,892 milhões, incremento de 2,5% sobre os R$ 353,187 milhões gerados em setembro. A alta está atrelada à maior procura por frutas, legumes e alimentos folhosos, normalmente mais consumidos em época de calor.

Um dos produtos que teve o preço alavancado devido ao maior consumo foi o tomate. Segundo a Ceasa Minas, a oferta do produto ficou 16% superior em outubro e o preço médio foi alavancado em 14,5%. A maior procura também contribuiu para a valorização da laranja. Em outubro foi ofertado um volume 6% superior que em setembro, enquanto os preços valorizaram 17%.

Segundo o chefe do Departamento Técnico da Ceasa Minas, Wilson Guide, com o calor o consumo de saladas e sucos é estimulado, o que promove a demanda e os preços.

No grupo das hortaliças o faturamento ficou em R$ 81,4 milhões, frente aos R$ 85,8 milhões movimentados em setembro, queda de 5,12%. A oferta de hortifrutigranjeiros no período ficou 3% menor e o preço médio 4,3% inferior.

Clima - Para Guide, o recuo já era esperado devido ao clima desfavorável para a produção. "Com a temperatura alta e o calor os itens mais sensíveis como pimentão, abobrinha, quiabo e folhosas sofrem impactos negativos, o que limita a oferta. Além disso, como o Estado é referência na produção, compradores de outras regiões do país, que também sofrem danos com o clima, passam a demandar maior volume dos produtos mineiros, reduzindo ainda mais a oferta", disse.

Dentre os produtos que tiveram a oferta reduzida está o quiabo, com queda de 11,5%. Diante a menor oferta e a demanda alta, os preços sofreram incremento de 69%. O volume de alface disponibilizado ficou 16% menor, mas os preços se mantiveram estáveis no período.

A batata teve a oferta reduzida em 11,5%, mesmo com o menor volume disponibilizado foi registrada queda de 7,6% nos preços. Segundo Guide, a redução se deve à menor demanda, já que o produto é consumido em épocas com temperaturas mais amenas. No grupo das frutas a oferta de banana prata foi ampliada em 5,2% e os preços recuaram 13%.

De acordo com dados da Ceasa Minas, o faturamento gerado com a venda de cereais alcançou R$ 11,6 milhões, queda de 15,2% frente aos R$ 13,68 milhões movimentados em setembro.

Dentro do grupo de produtos diversos alimentícios, o faturamento chegou a R$ 138,8 milhões, alta de 8,6%, quando comparado com a receita de R$ 127,8 milhões gerada em setembro. Já a negociação dos itens diversos não alimentícios gerou receita de R$ 30,5 milhões, alta de 12,1% sobre os R$ 27,2 milhões observados em setembro.

A expectativa do chefe do Departamento Técnico da Ceasa Minas é de que a demanda por produtos seja alavancada significativamente entre a última semana de novembro e as primeiras de dezembro.

"Os comerciantes da Ceasa Minas já estão se preparando para atender a demanda promovida pelas festas de final de ano. Esperamos que tanto a oferta como o faturamento sejam impulsionados. A tendência é de que a procura por frutas, castanhas e vários itens alimentícios cresça significativamente ao longo das próximas semanas", disse Guide.


Veículo: Diário do Comércio - MG


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