Medidas do governo podem gerar 450 mil novos postos para todo o setor

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Depois do anúncio feito pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, que, além de prorrogar a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para linha branca, automóveis e móveis, incluiu o comércio na desoneração da folha de pagamento, entidades ligadas ao setor mostraram entusiasmo com as medidas e ressaltam o potencial de crescimento do setor no próximo ano.

Para o presidente do Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV), Fernando de Castro, a medida é essencial para a ampliação dos empregos no varejo, uma vez que este setor é o maior empregador privado do Brasil.

"A desoneração da folha de pagamentos é um elemento essencial da política de geração de empregos e criação de renda. Com o anúncio desta medida, o IDV revisou a sua previsão de empregos do varejo para 450 mil novos postos de trabalho em 2013. Esse número poderá ser ainda maior, pois, com esta redução do custo dos encargos sociais, deverá haver mudanças nas políticas de contratação das empresas varejistas, que agregarão maior volume de serviços à sua oferta de produtos", disse ele, em nota.

Para a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP), entidade que sempre pleiteou em prol dos empresários do segmento, elas são positivas e se forem efetivas vão gerar economia para os players do setor.

Segundo a Fecomércio-SP, as medidas vinculadas ao varejo preveem a saída dos 20% do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) sobre a folha de pagamento substituído por uma alíquota de 1% a 2% sobre o faturamento. Nesse caso, a Fecomércio-SP estima que os encargos incidam sobre o faturamento bruto e espera que os cálculos do governo brasileiro estejam certos.

Caso isso seja positivo, haverá redução de R$ 2 bilhões de impostos para o setor, que poderá repassar esse ganho de competitividade para seus consumidores. Cabe ressaltar que para que essa troca de alíquotas dê certo, a folha de pagamento tem de representar no máximo de 5% a 10% do total do faturamento. Não está claro, porém, quem pagará alíquotas de 1% ou de 2%, e muitos detalhes da operacionalização ainda são vagos. Apesar disso, a Federação reconhece o esforço do governo na redução de tributos. apesar de algumas medidas benéficas, como a redução eventual de tributos sobre setores importantes do varejo, a Fecomércio-SP teme que o pacote anunciado gere pouco entusiasmo no empresariado nacional.

 

Veículo: DCI


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