A expetativa entre os trabalhadores da indústria de calçados também é positiva, principalmente em função da valorização do dólar frente ao real e da menor entrada de produtos importados no país. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Calçados Bolsas e Materiais de Segurança de Belo Horizonte e Região (Sti Calçados BH e Região) o nível de emprego se mantém estável.
Segundo presidente da entidade, Rogério Aquino, o setor tem demanda sazonal e no final do ano é comum que sejam promovidas férias coletivas. O movimento que se vê acontece todos os anos e não tem relação com a atual crise econômica. A situação volta à normalidade apenas a partir do primeiro trimestre do ano, quando é iniciada a fabricação da coleção de inverno.
Aquino afirmou que somente depois da realização da principal feira do setor, a Couromoda, que acontece em São Paulo, em janeiro, é que os empresários sentirão o clima do mercado para programar a produção. "Não acredito que os negócios vão ser prejudicados pelo atual momento econômico. Nos últimos anos, o setor sofreu muito com o dólar desvalorizado e agora é a nossa chance de recuperar", disse.
A expectativa é que os principais pólos do segmento no país, localizados em Franca (SP) e no Vale dos Sinos (região Sul do país), voltem a exportar, deixando os outros produtores em uma posição mais confortável para o atendimento do mercado interno. A estimativa é que somente na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) existam atualmente entre 6 mil e 7 mil empregados no setor.
Veículo: Diário do Comércio - MG