As vendas do varejo em Minas Gerais cresceram 6,7% em 2012 em relação ao ano anterior, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado do Estado foi inferior à média nacional, que registrou expansão de 8,4% na mesma base de comparação. Quando avaliado somente o desempenho do setor no último mês do exercício passado, houve queda de 0,2% no nível de comercialização em Minas, enquanto no Brasil observou-se um crescimento de 5%.
De acordo com o gerente da PMC, Reinaldo Pereira, os resultados positivos observados tanto no Estado quanto no país podem ser atribuídos a uma série de fatores, entre os quais estão o aumento da massa salarial, a queda do desemprego, a maior oferta de crédito e a baixa dos juros.
"O somatório dessas questões foi fundamental para que o nível de comercialização encerrasse o ano de forma positiva nas duas esferas. Além desses itens, as políticas de incentivo do governo federal, como a redução/isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), foram fundamentais para o desempenho", avalia.
Ainda conforme Pereira, dada a conjuntura observada ao longo do ano passado decorrente do fraco desempenho da economia, culminando com uma perspectiva de crescimento de apenas 1% do Produto Interno Bruto (PIB), o resultado atingido pelo comércio pode ser considerado satisfatório. "Em um ano de desempenho tão baixo, o setor atingir crescimentos de 8,4% e 6,7% é no mínimo de razoável para bom", diz.
Destaques - Na comparação anual, todos os segmentos avaliados pela pesquisa apresentaram resultados positivos frente a 2011 em Minas Gerais. O destaque ficou por conta do grupo composto por móveis e eletrodomésticos, que apresentou alta de 21,8%. Logo em seguida apareceu o item "outros artigos de uso pessoal e doméstico", com crescimento de 17,3%. "No caso do primeiro grupo, o resultado foi diretamente influenciado pela redução do IPI", lembra o gerente da PMC.
Já os desempenhos mais fracos foram notados em equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (0,9%); hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (2,5%); e livros, jornais, revistas e papelaria (2,9%).
Quando considerada a comparação de dezembro de 2012 com o mesmo mês do ano anterior, em que as vendas do comércio em Minas apresentaram recuo de 0,2% e no Brasil crescimento de 5%, o destaque negativo no Estado ficou por conta de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo. O grupo apresentou resultado negativo de 4,4% no volume de vendas no último mês do ano anterior frente a dezembro de 2011.
Tecidos, vestuário e calçados e equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação também registraram resultados negativos, de 1,4% e 0,5% respectivamente.
Ampliado - Em relação ao comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motocicletas, partes e peças, além de material de construção, em Minas, na comparação anual houve avanço de 5,7% contra os 8% observados no país. Já na variação mensal, o índice ficou negativo em 1,2% frente à mesma época de 2011 no Estado e 5% maior que o mesmo período no Brasil.
Veículo: Diário do Comércio - MG