Papelarias registraram alta de até 30% nas vendas de artigos escolares
Considerado o "Natal" das papelarias e livrarias, o período de volta às aulas deste ano correspondeu e até superou as expectativas dos empreendedores. Com uma expectativa inicial estimada entre 10% e 15% para o período, os estabelecimentos registraram aumento nas vendas de 15% a 30% neste retorno às atividades escolares se comparado ao exercício anterior. Livros, cadernos, lápis e mochilas continuam sendo os produtos mais procurados nesta época. Após este período, as papelarias apostam em outros segmentos para manter as vendas e já começam a pensar e se programar para a próxima temporada.
Diretor de Marketing da rede Leitura, Gervásio Teles afirma que neste ano os resultados foram muito bons. "Quando terminar o período de volta às aulas, em março, vamos registrar aumento nas vendas acima dos 15% que havíamos projetado para a época", revela. Para Teles, março é quando o estoque de mercadorias acaba e é o momento de refazê-lo. "Para praticarmos preços competitivos, temos que começar a comprar os produtos com antecedência", destaca.
Segundo Teles, os produtos mais comercializados nas lojas da rede neste ano foram os característicos do período. "Cadernos, lápis de cor, fichário, estojos porta-lápis e mochilas foram os itens mais vendidos", enumera. Passada a ocasião de volta às aulas, a rede Leitura já começa a se preparar para a próxima temporada. Entretanto, neste período, a rede foca em outros setores. "Livros e produtos de informática são os produtos mais procurados após essa fase, quando os principais produtos são os itens de material escolar", finaliza.
Gerente da papelaria Mixpel, na região central de Belo Horizonte, Frederico Consentino também percebeu aumento nas vendas do estabelecimento acima do esperado. "Este período é o melhor para as papelarias, esperávamos aumento nas vendas de 10% com relação ao mesmo período no ano passado", expõe.
Satisfatório - Porém, as vendas para a Mixpel, segundo Consentino, foram maiores do que o projetado. "Esperávamos 10% de acréscimo, mas esta volta às aulas foi tão satisfatória que registramos crescimento de vendas de 30% se comparado ao ano passado", ressalta. Para Consentino, este aumento de vendas inesperado se deve, principalmente, a dois fatores: "As pessoas estão procurando cada vez mais, produtos de maior valor agregado. Outro ponto é que as escolas não podem mais comprar material escolar para revender aos pais dos alunos e eles têm que comprar o material escolar diretamente com as papelarias, impulsionando nossas vendas."
Consentino destaca que no período imediatamente posterior ao retorno às aulas existe uma queda natural na venda de materiais escolares. "Já nos preparamos para isso, depois desta época, é normal uma queda de 70% a 80% na venda desses produtos", informa. Para manter o faturamento, a Mixpel também aposta em outros itens. "Quando cai as vendas de materiais escolares, cresce a venda de outros artigos, como brinquedos e produtos de escritório", ressalta. Segundo Consentino, as papelarias já têm que começar a se preparar para a próxima temporada de volta às aulas. "Tem, que correr em busca de melhores preços agora, a concorrência de papelarias é muito grande e os estabelecimentos têm que se preparar para não ficar para trás", conclui.
Veículo: Diário do Comércio - MG