A paixão das pessoas por chocolate agora é comprovada pelos números. Isso porque o potencial de consumo do produto previsto para este ano, na região, é de R$ 75,9 milhões, sendo que 60% do montante (R$ 45,68 milhões) são estimados apenas para o período da Páscoa. No País, espera-se que os itens derivados do cacau movimentem R$ 4,4 bilhões - sendo R$ 2,64 bilhões durante a data comemorativa.
Os dados são fruto de cruzamento elaborado pela equipe do Diário com informações da IPC Marketing Editora, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e da USCS (Universidade Municipal de São Caetano).
Segundo Marcos Pazzini, diretor da IPC, no período pascal o consumo de bombons e chocolates ganha contornos mais expressivos em todas as camadas sociais, estimuladas pela comemoração da data, pelo gosto de presentear ou mesmo pelo prazer de saborear o doce. "A indústria alimentícia e o varejo, por sua vez, se preparam e acertam o passo no mercado demandante."
Entre as sete cidades, do total de 790.965 domicílios, a classe B será responsável pela maior fatia de consumo, com R$ 24,4 milhões. Isso porque 353.307 famílias pertencem a esse estrato social (cujo rendimento médio familiar é de R$ 4.237). Em seguida está a classe C (341.696 casas), com gasto previsto de R$ 24,2 milhões ao longo do ano. Pessoas enquadradas nesse grupo têm renda média de R$ 2.060. Hoje são 341.696 domicílios nessa faixa nas sete cidades.
A previsão é de que as famílias da classe A (salário médio de R$ 9.298) desembolsem R$ 5,4 milhões na compra de chocolates em 2013. Já as dos estratos D e E (49.830 residência na região) correspondem a R$ 2,1 milhões no consumo da guloseima. Consumidores dessas classes têm rendimento de R$ 1.200, em média.
NO PAÍS - No Brasil, Pazzini destaca que o cenário é o mesmo que o do Grande ABC. A classe B será responsável pela maior parte do valor, correspondendo a R$ 1,91 bilhão, ou seja, 43,1% do mercado sazonal de chocolates e bombons, em 2013. Em segundo lugar está o estrato C, que deverá responder por 39,3% desse mercado, com valor da ordem de R$ 1,74 bilhão. A classe A, por sua vez, garantirá o equivalente a cerca de R$ 457,2 milhões, correspondendo a 10,3% do potencial de consumo de chocolates e bombons no País. Já as classes D e E ficam com a parcela de 7,2%, representando o montante de R$ 318,3 milhões.
MERCADO PROMISSOR - A fim de comparação, na região, em 2012, os consumidores gastaram no Dia das Crianças R$ 45 milhões - quantia menor do que a que será desembolsada na Páscoa. "Mesmo endividadas, as pessoas não deixam de consumir e de presentear seus familiares. As condições do mercado hoje favorecem isso. A abundância de crédito é um facilitador. Além disso, estamos falando de alimento. O trabalhador corta tudo quando está com o orçamento apertado, mas dificilmente, reduz a alimentação, já que faz parte do grupo de primeira necessidade."
Ainda segundo o levantamento, a previsão é de que cada domicílio pertencente à classe A gaste R$ 219,30 ao ano no consumo de chocolates; as residências do estrato B, R$ 113,54 até dezembro; já as do grupo C, R$ 71,10, e os domicílios das classes D e E, R$ 43,93, cada.
Veículo: Diário do Grande ABC