Preço de item da ceia varia até 400%

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O quilo do peito de peru temperado sem osso é vendido por R$ 5,25 e R$ 25,90 em Campinas

 

A diferença de preços de produtos para as ceias de Natal e Ano Novo nos super e hipermercados de Campinas chega a cerca de 400%, segundo pesquisa realizada pelo Procon-Campinas (Coordenadoria de Defesa do Consumidor) neste mês. A maior variação de valor foi constatada no preço do peito de peru temperado sem osso, que em um estabelecimento é vendido por R$ 5,25 o quilo, e em outro, R$ 25,90. A diferença total do preço de um ceia de final do ano com os produtos comprados pelo menor preço em comparação com os de maior preço é de 157,27%, já que a cesta mais em conta é comprada por R$ 256,44 e, a de maior valor sai por R$ 659,76, uma diferença de R$ 402,32.

 

A regra de pesquisar os preços antes de comprar vale para todos as horas, mas especialmente neste momento de final de ano, onde a corrida pelas compras para a ceia se torna mais urgente. E é esta a orientação do Procon-Campinas para quem vai adquirir os itens para as ceias de Natal e Ano Novo. No total, foram pesquisados preços de 103 itens usualmente adquiridos para as ceias, entre carnes, panetones, bebidas como vinhos espumantes e cervejas, frutas frescas e grãos, em 22 locais de Campinas, nos primeiros dez dias deste mês.

 

Entre as carnes, o Procon pesquisou os preços das tradicionais usadas nas ceias, como chester, pernil, tender, peru e lombo, das marcas Perdigão, Seara, Rezende e Sadia. Os panetones e chocotones que tiveram os preços analisados são das marcas Bauducco, Santa Edwiges, Laura, Village, Visconti e Arcor, todos de diversos tamanhos. Também foram pesquisados os preços de vinhos das marcas Chapinha, Chalise e Almaden, espumantes Salton, De Greville e Chandon. Os uísques da lista são das marcas Drury’s, Black & White, Ballantine’s e Red Label. Entre as cervejas estão a Skol, Brahma, Bavária e Kaiser, além dos refrigerantes da Antarctica, Coca-Cola e Schincariol. A cesta de Natal ainda é composta de frutas tropicais, como abacaxi, uva e ameixa, e por grãos, como a lentinha e o grão-de-bico, da Yoki.

 

“O estudo tem como objetivo mostrar que fazer pesquisas é importante. A diferença de preços é muito significativa”, afirma o diretor do Procon-Campinas, Anderson Gianetti, que fez a simulação de preços para uma ceia básica, em que não há exageros de consumo, e chegou ao valor em que o consumidor pode economizar mais de R$ 400,00.

 

Esta foi a terceira pesquisa de produtos de final de ano que o Procon-Campinas realizou. Nas duas primeiras edições, o órgão pesquisou apenas os preços de carnes e panetones. “Com esta pesquisa tiramos algumas conclusões importantes para o consumidor. A primeira é que comprar em grande quantidade e em estabelecimentos que vendem por atacado, nem sempre o preço é o melhor. E é preciso também fazer uma previsão do que será gasto, colocando tudo numa lista do que se precisa comprar.”

 

Entre os itens relacionados, a carne teve um número de ofertas mais em conta no Tenda São Bernardo. Já os melhores preços de panetones e chocotones pesquisados pelo Procon estavam no Carrefour Iguatemi e no Makro D. Pedro. As bebidas, vinhos, espumantes e uísques mais em conta foram encontrados no Atacadão da D. Pedro. As cervejas com menor preço estão no Atacadão da D. Pedro, no Carrefour Valinhos e no Wal-Mart do Shopping D. Pedro.

 

No grupo das frutas o Tenda São Bernardo, o Supermercado Taquaral e as duas unidades do Paulistão lideram os melhores preços. No caso dos grãos, a lentilha mais barata está nas unidades do Pão de Açúcar. Já o grão-de-bico do supermercado Taquaral é o mais em conta.

 

“É interessante lembrar também que em muitas redes, o preço é diferente de uma loja para outra. Além disso, a coleta de dados para nossa pesquisa foi feita até o último dia 10. De lá para cá os preços podem ter sido alterados, especialmente para baixo, já que a concorrência promove esta balização pelo menor preço”, afirma Gianetti. “Em comparação com a pesquisa de 2007, as carnes tiveram uma redução de 9,5% no preço. Já os panetones, em média nos menores preços, teve uma alta de 12%.”

 

Veículo: Correio Popular - Campinas


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