Enquanto os números da indústria ainda estão longe de convencer, o comércio varejista mostra o vigor de quem ainda não conheceu a palavra crise. Em janeiro, as vendas do varejo aumentaram 5,9% sobre o mesmo mês de 2012 e 0,6% na comparação com dezembro. Neste confronto, que exclui fatores sazonais, ocorreu o sétimo resultado positivo dos último oito meses, segundo informou ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em Belo Horizonte, assim como no Brasil, o comércio varejista também inaugurou 2013 com crescimento nas vendas. Os negócios em janeiro foram 3,32% maiores na comparação com igual período de 2012, segundo a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH). “O crescimento foi baseado em um tripé que vem durando há algum tempo: o emprego, renda crescente e crédito. Com mais pessoas empregadas, fica mais fácil a aquisição de produtos por meio de financiamentos e empréstimos”, afirma Bruno Falci, presidente da CDL.
No período, os setores de papelaria e livraria (6,46%) e artigos diversos, que incluem acessórios de couro, brinquedos, óticas, caça, pesca, material esportivo e fotográfico, computadores e periféricos e artigos de borracha (3,71%), apresentaram as maiores altas.
Para analistas, o bom desempenho é reflexo do conjunto de ações adotadas pelo governo para bombar a demanda interna, como desonerações de impostos, a valorização do salário mínimo e a manutenção do mercado de trabalho ainda aquecido. Com consumidores sem pena de gastar, o comércio tem faturado mais. Em janeiro, da alta de 5,9% nas vendas, nada menos que 65% se deveram ao desempenho de apenas três segmentos pesquisados: hipermercados e produtos alimentícios; outros artigos de uso pessoal; e móveis e eletrodomésticos.
Veículo: Estado de Minas