E-commerce prevê movimentar R$ 1,3 bi

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O comércio on-line promete esquentar as vendas deste Natal. De acordo com a Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico, o varejo eletrônico deverá faturar em 2008, somente com as vendas natalinas, aproximadamente R$ 1,35 bilhão, gerando um aumento de 25% em relação aos R$ 1,08 bilhão faturado no período em 2007.

 

Segundo uma pesquisa do Programa de Administração de Varejo (Provar) da Fia-USP, neste Natal, 21% dos consumidores comprarão pela internet, ante 11,6% em 2007.

 

Para Gerson Rolim, diretor-executivo da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico, a atual expansão do acesso à banda larga e o aumento da participação da classe C no mundo digital são fatores que têm influenciado positivamente o crescimento. "A tendência é de crescimento contínuo, já que depois da primeira vez o internauta percebe as vantagens de realizar transações eletrônicas seguras, com melhores preços e mais conforto", diz Rolim.

 

Para o diretor geral da e-bit, Pedro Guasti, o varejo eletrônico no Brasil ainda possui um grande potencial a desenvolver, ainda mais no período natalino, quando as pessoas não têm tempo para as compras. "O faturamento do Natal deve ser beneficiado com a injeção do 13 salário, com as promoções de fim de ano e a possibilidade dos parcelamentos mais elásticos que o varejo tradicional oferece", disse.

 

Natal x crise

 

De acordo com a última pesquisa sobre Intenção de Compra do Consumidor, realizada pelo Programa de Administração de Varejo (Provar), os produtos com componentes tecnológicos deverão continuar sendo os carros-chefes: 39% pretendem gastar até R$ 850; enquanto os produtos de informática deverão representar 36% do total. Já CDs, Livros e DVDs devem ser a preferência entre as mulheres, que podem gastar até R$ 300. Para a data, o tíquete médio deve girar em torno de R$ 320.

 

Confirmando a deflação predominante no ano, o e-Flation (índice de preços na internet calculado pelo Provar em parceria com a Felisoni Consultores Associados) de dezembro registrou queda de 0,31%, contra uma deflação de 2,97% em dezembro de 2007. "Por mais contraditório que possa parecer, Natal em tempos de crise é promessa de crescimento do e-commerce. Isso tem gerado expectativas positivas", diz Rolim.

 

Stelleo Tolda, diretor-presidente do MercadoLivre, afirma que 30% do lucro anual da empresa provém do último trimestre do ano. No terceiro trimestre, o MercadoLivre teve receita líquida de US$ 40,3 milhões, um crescimento de 76,6% em relação ao mesmo período do ano passado.

 

Já Jerome Rays, diretor geral da Fnac.com, site de vendas da livraria Fnac, espera um crescimento de 100% nas vendas neste Natal. De acordo com o executivo, 50% do lucro anual é alcançado neste período. "Com a crise, a empresa sofreu um impacto de 10% concentrado em produtos acima de R$ 5 mil. Estamos reduzindo as margens para não encarecer o produto", afirma.

 

O Comprafacil.com estima um crescimento de 80% em comparação a 2007. No mesmo período, pretende dobrar o número de acessos, para 6 milhões de visitantes únicos.

 

Veículo: Gazeta Mercantil


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