A aceleração dos preços dos produtos in natura respondeu por boa parte da inflação apurada pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) da primeira quadrissemana de abril, que ficou em 0,71%. De acordo com informação do coordenador do índice e pesquisador da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Paulo Picchetti, sozinhos, os subgrupos Hortaliças e Legumes, que passaram de 8,96% para 11,85% entre o fechamento de março e a primeira quadrissemana de abril, e o de Frutas (5,29% para 6,19%), responderam por 0,24 ponto percentual da inflação do período. "É muita coisa. E, como sempre, o problema vem dos in natura, com o tomate liderando as altas", comentou. A despeito de ter ganho destaque na imprensa nos últimos dias, este item continuou com preços em aceleração, de 11,62% para 15,90% no período.
O economista acrescentou que, considerado ainda o comportamento de Refeições em Bares e Restaurantes (0,72%), que contribuiu com 0,05 ponto percentual para o IPC-S, a participação dos três subgrupos chegaria a quase 0,30 ponto percentual. Deste modo, o IPC-S ficou praticamente no mesmo patamar que na leitura anterior, de 0,72% no final de março. Mas o coordenador mostrou-se otimista quanto às próximas apurações. "Há elementos para imaginar que o IPC-S vai caminhar para a previsão de 0,50% até o fechamento do mês", disse, reforçando que mantém esta estimativa para o índice no encerramento de abril. Também permanece a mesma a projeção de 5,50% para o IPC-S ao final de 2013.
"A leitura geral [da primeira quadrissemana] mostra tendência de desaceleração da inflação, mas em cima de um patamar muito elevado", acrescentou.
Veículo: DCI