RECORDE: Alimento-síntese da dieta paraense pode chegar a R$ 30 o litro, diz Dieese
Com altas que chegaram a 80% no 1º trimestre deste ano, o preço do litro de açaí comercializado em feiras e supermercados da Região Metropo- litana de Belém continuou a subir nesta primeira quinzena de abril. Pesquisas do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos do Pará (Dieese-Pa) mostram o litro do açaí tipo médio (o mais consumido) a preços entre R$ 15 e R$ 25, segundo pesquisas semanais em 25 pontos diferentes de vendas, como feiras livres, supermercados e outros.
“Nos três primeiros meses de 2013 as altas no açaí foram sequenciais, abrangendo todos os tipos comercializados e todos os locais de vendas”, relatou Roberto Sena, supervisor técnico do Dieese-Pa. Ele lembrou que, em dezembro de 2012, o açaí do tipo médio era comercializado em média a R$ 11,08 nos pontos de vendas pesquisados. Em janeiro deste ano, ele já custava R$ 12,42; em fevereiro passou para R$ 13,74 o litro e para R$ 19,96 no mês seguinte, demonstrando uma alta de 80,14% em três meses, muito acima da inflação do período.
Segundo o INPC/IBGE, a inflação do período era de 2,05%. “Nesta primeira quinzena de abril o preço continuou subindo, sendo comercializado a R$ 20,10 o litro. O menor preço encontrado foi de R$ 18,99 e o maior Açaí continua em alta e custa mais que a carne de primeira R$ 25”, explicou Sena. O açaí do tipo grosso também está mais caro neste mês, sendo vendido em média por R$ 22,92 o litro. Em dezembro do ano passado, o produto custava R$ 15,18 o litro. Já o açaí do tipo papa, comercializado somente em Feiras Livres, é vendido em média por R$ 23,90 nesta primeira quinzena, mas pesquisas do Dieese-Pa mostram estabelecimentos que vendem o produto por até R$ 30 o litro.
“A tendência ainda é de alta no preço do produto pelo menos até o mês de maio. O Pará continua sendo o maior produtor de açaí do País e o paraense continua a pagar um preço abusivo pelo produto. Um li- tro de açaí é mais caro que um quilo de uma carne de primeira”, observa Roberto Sena.
Veículo: O Liberal - PA