O preço médio da cesta básica caiu 0,22% em São Paulo na última semana, retornando à trajetória de queda após ter avançado 0,82% na semana imediatamente anterior, mostrou pesquisa do Procon-SP.
A cesta, que custava em média R$ 384 em 11 de abril, passou a custar R$ 383,15 nesta quinta-feira (18).
Alimentos e domésticos foram responsáveis por 73% da inflação de março
Desde que o governo federal desonerou produtos que compõem a cesta, em 8 de março, a pesquisa semanal do Procon apontou uma alta, três quedas, mais uma alta e, nesta quinta-feira, outra queda no seu preço.
O valor acumula variação positiva de 0,11% em abril e de 13,12% nos últimos 12 meses.
PRODUTOS
Dos 31 produtos pesquisados pelo Procon, 11 tiveram aumento de preço, 19 queda e um ficou estável na última semana.
No período, os produtos cujos preços mais subiram foram a batata (6,33%), o feijão (4,33%), o alho (3,88%), a linguiça (2,40%) e o creme dental (1,48%).
Os preços que mais caíram foram os do papel higiênico (-4,20%), do desodorante (-2,41%), do frango resfriado inteiro (-2,12%), do arroz (-1,97%) e da cebola (-1,57%).
Os produtos que mais contribuíram para a queda no valor médio da cesta --uma vez que cada item tem um peso diferente no cálculo do preço-- foram o arroz, o frango resfriado inteiro, a carne de primeira, a carne de segunda sem osso e o papel higiênico.
Produtos do segmento higiene pessoal tiveram a maior queda de preço, de 1,14%, contra queda de 0,46% dos itens de limpeza e de 0,10% dos de alimentação.
DESONERAÇÃO
A desoneração de tributos anunciada pelo governo inclui carnes (bovina, suína, aves, peixes, ovinos e caprinos), café, óleo, margarina, açúcar, papel higiênico, pasta de dente e sabonete. Alimentos como leite, feijão, arroz, farinha de trigo ou massa, batata, legumes, pão e frutas já não têm tributação federal.
O desconto, porém, não tem sido repassado integralmente ao consumidor, o que torna a queda no preço menor que a desejada pelo Palácio do Planalto.
Veículo: Folha de S.Paulo