A Grendene informou, na última sexta-feira, que sua nova unidade fabril localizada na cidade de Sobral, no Estado do Ceará, entrará em operação no próximo mês de setembro e contribuirá com o aumento das entregas do último semestre.
O anúncio foi feito pelo diretor de Relações com Investidores, Francisco Schmitt.
A nova fábrica, segundo Schmitt, vai possibilitar um aumento significativo na produção de calçados, que passará dos atuais 200 milhões de pares, produzidos anualmente, para 240 milhões. Segundo ele, as obras seguem dentro do prazo estabelecido pela administração.
"A construção da nova unidade está dentro do cronograma e acreditamos que seguirá assim até o final, pois é uma obra de baixa complexidade", diz.
Além da unidade no Ceará, Schmitt também falou sobre os investimentos da Grendene para o desenvolvimento de outro projeto recente. Trata-se da nova empresa do grupo, que atuará no ramo de móveis de plástico. De acordo com o diretor de Relações com Investidores, a marca deve iniciar sua produção de receita no final de 2014. A companhia está investindo R$ 22 milhões no projeto e terá 40% do negócio, mais o controle da gestão.
A nova empresa - desenvolvida em parceria com o designer francês Philippe Starck, o publicitário Nizan Guanaes, o banqueiro André Esteves e outros sócios - terá investimentos de R$ 50 milhões. A aposta é a criação de móveis de plástico com um custo mais acessível.
"Como ainda estamos em um período pré-organizacional, a empresa de móveis não gerará custos nenhum nesse ano. Acreditamos que os primeiros produtos da marca cheguem ao mercado no final do ano que vem", explicou Schmitt.
Mudança de comando
Durante o anúncio dos resultados, a direção da empresa aproveitou para informar que os fundadores Alexandre e Pedro Grendene deixarão o comando da companhia, dando mais um passo no processo de profissionalização, como o DCI já havia noticiado.
Resultados
Apesar da demanda nacional do mercado de calçados não ter atingindo índices positivos no último ano, a Grendene apontou um crescimento importante, e atípico, nos ganhos computados durante o primeiro trimestre de 2013. Segundo Schmitt, a companhia obteve um lucro líquido de R$ 102,3 milhões, o que representa um crescimento de 24,7% em relação ao mesmo período do ano passado. A receita líquida também cresceu 22,8% em relação a 2012, somando R$ 485,8 milhões, enquanto o Ebtida aumentou 55,3%. O crescimento da renda da população contribuiu para o aumento do lucro.
Veículo: DCI