Objetivo do governo é de reduzir as taxas para 0,4% ao mês
Os beneficiários do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida vão ganhar em breve uma nova linha de crédito com juros mais baixos para financiar a compra de móveis e eletrodomésticos. Hoje, esses mutuários já contam com uma linha da Caixa Econômica Federal com taxas entre 0,9% e 1,5% ao mês, que variam com a renda da família.
Agora, a ideia é de reduzir os juros para 0,4% ao mês. Nos dois casos, o prazo de pagamento é de 60 meses. O limite de financiamento, que é de R$ 10 mil na modalidade já existente, deve ficar em R$ 5 mil na linha, que será parcialmente subsidiada pelo Tesouro Nacional, segundo fontes do governo que participam das discussões.
Ainda é necessário definir se o benefício será aplicado da mesma maneira a todas as faixas do programa, dividido em famílias com renda de até R$ 1,6 mil, R$ 3.275,00 e R$ 5 mil. A linha deve ser oferecida ainda pelo Banco do Brasil, que também participa do Minha Casa, Minha Vida.
No mês passado, o governo havia ampliado o programa habitacional ao anunciar que os imóveis construídos na primeira fase terão a instalação de três tipos de piso, de acordo com a escolha do beneficiário, bancada pelo governo federal. Nesses imóveis, apenas banheiro e cozinha vinham com piso cerâmico instalado. O revestimento será colocado, agora, também nas áreas internas das unidades e nas áreas comuns dos edifícios. Os imóveis da fase dois do programa já possuem piso em todos os cômodos, inclusive nas áreas comuns.
A Caixa começou a visitar os 325.458 imóveis já entregues para elaborar a lista das famílias interessadas em colocar o piso. Nos 78.670 imóveis em processo de construção, os contratos estão sendo aditados para trocar as especificações para piso cerâmico nos cômodos. O custo estimado é de R$ 1 mil a R$ 2 mil por unidade e será bancado pelo Tesouro.
A presidente Dilma Rousseff afirmou no mês passado que o programa habitacional é “como se fosse o centro da política social do governo”, em torno do qual estão, por exemplo, o Bolsa Família e a política de creches.
Veículo: Jornal do Comércio - RS