Varejo virtualmente estável em março

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)  informou ontem que as vendas no varejo brasileiro caíram 0,1% em março ante fevereiro. Na comparação com março de 2012, as vendas subiram 4,5%. Com isso,  o primeiro trimestre fechou com queda de 0,2% sobre o período anterior, na primeira contração trimestral  desde o quarto trimestre de 2008 (–0,5%).
 
Segundo o IBGE, o setor de Hipermercados, supermercados e produtos alimentícios registrou queda mensal de 2,1% em março, pior do que a contração de 1,4% vista em fevereiro, quando a resistente pressão sobre a inflação afetou o consumo. O resultado de março só perde para fevereiro de 2008, quando as vendas nesse setor recuaram 2,2%. "O alto nível da inflação ao consumidor, sobretudo nos  alimentos, deve ter mantido  impacto negativo nas vendas", diz o economista do IBGE, Reinaldo Pereira.
 
Sobre um ano antes, as vendas do setor subiram 4% mas porque a Páscoa ocorreu em março, enquanto no ano passado tinha sido em abril. Sem esse efeito, o desempenho do setor poderia ter sido negativo também na comparação interanual, afirma Pereira.
 
Parte das empresas de consumo já sente em seus resultados a pressão dos preços e teme que o cenário de menor demanda possa continuar. Na ponta oposta, ainda segundo o IBGE, o setor de Tecidos, vestuário e calçados mostrou a maior alta mensal em março, de 3,9%, seguido por Combustíveis e lubrificantes, com alta de 2,4%.
 
Em março, a receita nominal subiu 0,8% ante fevereiro, com alta de 13,5% na comparação anual.
 
O varejo vinha se desenhando como um dos poucos pontos positivos da economia, impulsionado pela renda e o emprego em alta. No entanto, a resistência dos preços em níveis elevados ainda continua e tem corroído o poder de compra. Em abril, o IPCA acelerou a 0,55%o, mas em março já havia registrado importante alta, de 0,47%, estourando em 12 meses o teto da meta do governo, de 6,5%.
 
Para o economista do IBGE, a alta nos preços dos alimentos, da ordem de 15% em 12 meses segundo o IPCA, pode ter levado alguns consumidores a reduzirem os gastos em outros setores para fazer frente ao aumento das despesas com alimentação.
 
No comércio varejista ampliado – que inclui o setor automotivo e material de construção – as vendas registraram avanço de 0,2% em março ante fevereiro. Na comparação anual, houve aumento de 3%.



Veículo: Diário do Comércio - SP


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