MG teve o pior desempenho do país.
As vendas do comércio varejista de Minas tiveram queda de 1,1% de fevereiro para março, recuo maior do que o verificado no país no mesmo intervalo, de 0,1%. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e mostram ainda que, em relação a março de 2012, as vendas em Minas também estão piores, com redução de 0,4%, enquanto no Brasil observou-se uma ampliação de 4,5%. Nesta base de comparação, Minas Gerais teve o pior desempenho entre as 27 unidades federativas pesquisadas pelo IBGE e foi o único Estado, além da Bahia (-0,2%), com resultado negativo. O varejo do Estado está positivo ao se levar em conta o acumulado dos últimos 12 meses, com expansão de vendas de 4,6%, resultado abaixo do nacional, onde o crescimento está em 6,8%, e também no primeiro trimestre de 2013, com pequeno aumento de 0,3%.
Em relação a março de 2012, o pior resultado em Minas veio do comércio de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, cuja queda chegou a 25,6%. Este mesmo segmento acumula redução de vendas de 20,8% no primeiro trimestre do ano e de 7,5% considerando os últimos 12 meses. Já as atividades de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo caíram 3,9% em relação a março de 2012, levando o resultado dos três primeiros meses do ano a ficarem também negativos (-3,5%) e praticamente estáveis (0,1%) nos últimos 12 meses. Outro segmento que ficou no vermelho em Minas foi o de livros, jornais, revistas e papelaria, apesar do crescimento da vendas de 1% no comparativo entre março de 2013 e março de 2012. No primeiro trimestre, a redução de vendas do setor foi de 3,3% e nos 12 meses anteriores a março, de 0,6%.
De acordo com a pesquisa do IBGE, o melhor desempenho de Minas, tendo como base de comparação março do ano passado, foi do setor que inclui outros artigos de uso pessoal, com expansão de 26,2%. No primeiro trimestre, as vendas do segmento aumentaram 24,2% e, em doze meses, 18,8%. Também foi bem-sucedido o comércio de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, que cresceu 3,8% no mês, 3,6% no trimestre e 7,6% no acumulado dos últimos 12 meses. E embora não tenha apresentado crescimento tão substancial em março, com variação de 1,4%, as vendas de móveis e eletrodomésticos no Estado aumentaram 5,1% de janeiro a março de 2013 e alcançaram expansão de 15,7% em 12 meses. Já o comércio de tecidos, vestuário e calçados vendeu 0,7% a mais em março, teve queda de 0,1% no primeiro trimestre e expansão de 3,2% entre abril de 2012 e março passado.
Em Minas Gerais, os resultados dessazonalizados mostram que o nível de vendas na atividade comercial, sem incluir veículos e material de construção, vem caindo desde julho do ano passado e encontra-se, em março de 2013, no mesmo nível de fevereiro de 2012. No Brasil, houve quedas sucessivas desde janeiro deste ano e o nível de vendas encontra-se no mesmo nível de setembro de 2012.
No panorama do país, Minas não está numa situação confortável pelos dados do IBGE, já que dentre as 27 unidades da Federação, 25 apresentaram resultados positivos na comparação entre março de 2013 e março de 2012, considerando o volume de vendas do varejo. Os destaques nacionais foram Mato Grosso do Sul (12,3%); Rio Grande do Norte (10,7%); Paraíba (10,6%); Rondônia (9,1%) e Roraima (7,8%). Já em relação ao varejo ampliado - que inclui as vendas de automóveis e materiais de construção -, vinte e dois estados tiveram variações positivas. Minas também não está entre eles. As maiores taxas de desempenho no volume de vendas foram verificadas em Rio Grande do Norte (13,2%); Mato Grosso do Sul (11,2%); Acre (11,2%); Rondônia (9,9%) e Goiás (9,1%). Em termos de impacto no resultado global do setor, os destaques foram os estados de São Paulo (3,2%); Rio de Janeiro (5,9%); Paraná (7,3%); Rio Grande do Sul (6,0%) e Goiás (9,1%).
Veículo: Diário do Comércio - MG