Fármacos e área agrícola puxam vendas da Bayer

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O presidente Marijn Dekkers, CEO global da multinacional Bayer, conglomerado que atua nas áreas farmacêutica, química e agronegócios, disse que os segmentos fármaco e agrícola vão continuar puxando as vendas do grupo no Brasil. "São dois setores lucrativos." Hoje o país é o quinto principal mercado do grupo. "Em poucos anos, poderá ser o quarto maior", disse.

A empresa não descarta fazer aquisições no país na área farmacêutica. A empresa avalia oportunidades, mas não há negociações no momento, segundo Theo Van der Loo, presidente da Bayer no Brasil. "Depende dos ativos, valores, portfólio [de medicamentos]. Tudo isso é avaliado", disse Loo. A empresa não está com disposição de adquirir grandes ativos - está em busca de pequenos negócios que façam sentido. A área de OTC (medicamentos isentos de prescrição) está no radar do grupo.

Dekkers afirmou que o grupo tem importantes lançamentos para este ano na área farmacêutica no país, com um vasto pipeline (produtos em desenvolvimento) de medicamentos inovadores.

A múlti prevê crescimento acima de dois dígitos para os próximos anos no Brasil. "A crise mundial atingiu muitos grupos no mundo. Na Europa ainda é um desafio. Nos EUA, o mercado está em franca recuperação. Os países emergentes têm grande potencial para expansão", disse Dekkers.

Na área química, Loo afirmou que as recentes medidas do governo de desoneração tributária devem ajudar a estimular os investimentos nesse segmento. "Sofremos concorrência forte de produtos importados da China", disse.

Na área agrícola, Dekkers prevê expansão nos negócios de defensivos e sementes. Ele acredita que o potencial agrícola do país é maior que nos EUA para a Bayer, uma vez que o mercado americano está mais estabelecido. Os atuais preços das commodities (firmes, mas em patamares mais baixos em que 2012), como os grãos, ajudam a elevar a expectativa de vendas da empresa.

Para este ano, a companhia investirá R$ 152 milhões no Brasil. Em 2012, o faturamento do grupo foi de R$ 5,7 bilhões no país. Do total, fármaco ficou com 29% e área agrícola 56%. A receita global ficou em € 39,76 bilhões.

A Bayer discute com o governo participação no programa "Ciência sem fronteiras". "Teremos oportunidades para 20 pessoas no exterior", disse Loo.



Veículo: Valor Econômico


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