Aracruz registra perdas de R$ 150 mil após fogo atingir sua área florestal

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A Aracruz registrou perdas estimadas em cerca de três mil metros cúbicos de madeira, que representa um valor de R$ 150 mil, prontas para o transporte, após um incêndio ocorrido na madrugada de ontem na área florestal de Butiá (RS). De acordo com comunicado enviado pela assessoria de imprensa da companhia, alguns funcionários testemunharam que três focos surgiram ao mesmo tempo. Apesar disso, a Aracruz evitou afirmar que o incêndio possa ter sido causado por ação de manifestantes e limitou-se a dizer que "não foi determinada a origem do incidente, as investigações estão sendo conduzidas pela polícia".

 

A área atingida fica às margens da BR-290. O fogo começou por volta das 20h30 e foi controlado durante a madrugada. Pela manhã, os bombeiros continuavam operando no local, fazendo trabalho de rescaldo. De acordo com o comunicado, essa é a primeira vez que o fogo atinge pilhas de toras de madeira já cortadas, descascadas e prontas para serem transportadas para a fábrica. O gerente regional florestal da Aracruz, Renato Rostirolla, disse que as equipes agiram rapidamente e o fogo foi contido antes de causar um prejuízo maior.

 

A empresa que é a maior fabricante de celulose branqueada de eucalipto do mundo já foi alvo de ataques no mesmo estado, em 2006, quando cerca de duas mil pessoas do movimento Via Campesina invadiram e destruíram instalações e mudas da companhia no Horto Florestal da Fazenda Barba Negra, em Barra do Ribeiro (RS).

 

Dificuldades

 

O setor de papel e celulose já vem enfrentando dificuldades desde setembro, quando, em função da crise financeira, os pedidos pela commodity, retraíram fortemente, o que levou as maiores empresas do setor, entre elas a Suzano, VCP, Cenibra e a própria Aracruz, a paralisarem a produção para reduzir estoques pelo mundo. Segundo dados da Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa) entre os meses de outubro e dezembro de 2008, deixaram de ser produzidas 140 mil toneladas da commodity, somente a Aracruz foi a responsável por quase 50% desse total.

 

Porém, mesmo com essas paradas, analistas de mercado acreditam que o preço da celulose nos três primeiros meses de 2009 deve continuar sua trajetória de queda, mas em ritmo menos agressivo. O setor deverá assistir a recuperação do valor de comercialização, que chegou a superar a barreira dos US$ 800 por tonelada e que hoje está em cerca de US$ 500, somente a partir de abril, isso porque é natural a queda na demanda nos três primeiros meses. A partir do segundo trimestre é provável que o preço do insumo encontre um ponto de equilíbrio com a retomada de pedidos.

 

Veículo: DCI


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