O segmento de roupas íntimas --que inclui calcinhas, sutiãs, cuecas, meias, pijamas e peças de banho-- registrou queda de 1,9% na produção no ano passado, de acordo com levantamento do Iemi (Instituto de Estudos e Marketing Industrial).
A retração foi puxada, principalmente, pelas roupas de banho, cujo volume de fabricação diminuiu 6,7%.
"Os números caíram desde 2010, ano em que a economia foi muito bem [o PIB do país cresceu 7,5% nesse ano]. Na época, no setor de roupas íntimas, a oferta chegou a ser menor do que a demanda, que foi suprida por importações", diz o diretor da consultoria, Marcelo Prado.
Para 2013, porém, a empresa prevê elevação de cerca de 2% no segmento.
"O mercado consumidor diminuiu o ritmo, mas continua se expandindo. A expectativa é que haja uma retomada do crescimento. Não será no estilo chinês, mas no brasileiro, de 2% ou 3%," afirma.
"A alta será mais robusta nas grandes empresas. Elas estão se consolidando e devem levar vantagem, até porque estão mais preparadas e têm maior competitividade."
Além da queda na fabricação no ano passado, o valor da produção cresceu em um patamar bastante inferior ao da inflação --1,3% ante 5,8%. A expectativa é que, em 2013, a expansão nominal seja de quase 8%.
Os dados completos do segmento serão apresentados na próxima semana no Salão Moda Brasil, em São Paulo.
Veículo: Folha de S.Paulo