Soraia Abreu Pedrozo
Uma das maiores queixas dos aposentados e pensionistas é que o valor do benefício não é suficiente para bancar os gastos com medicamentos e plano de saúde.
Conforme o INPC, que reajusta as aposentadorias, o peso dos desembolsos com saúde e cuidados pessoais (que inclui remédios) no orçamento familiar para quem ganha de um a cinco salários-mínimos (R$ 3.390) é de 9,62%, sendo 1,39% referente aos planos de saúde. “O convênio para essa faixa salarial analisada pelo INPC é muito mais barato do que para um idoso, e os gastos com medicamentos em uma família com dois filhos são bem menores. Não está certo corrigir a aposentadoria por esse índice. Por isso queremos que o reajuste seja igual ao do mínimo”, afirma o diretor da Associação dos Aposentados e Pensionistas do Grande ABC, Luís Antonio Ferreira Rodrigues.
Na semana passada, centrais sindicais e representantes de aposentados se reuniram para elaborar pauta de reivindicações que será apresentada ao governo no dia 3. Entre as demandas, além do reajuste acima da inflação, está a criação de índice nacional de preços aos aposentados. Embora hoje exista o IPC-3i, calculado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), com base em sete capitais, eles querem um que abranja todo o País, calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Veículo: Diário do Grande ABC