Diferença da cesta básica chega a 44% entre as cidades da região

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Yara Ferraz

O consumidor que pesquisa antes de comprar faz bom negócio. No caso da cesta básica, a dona de casa pode economizar até R$ 147,63. A variação de preço entre os mesmos produtos chega a 44,2%, dependendo do estabelecimento e da cidade, segundo a pesquisa da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André). A compra mais barata é encontrada em Ribeirão Pires e sai por R$ 333,94. Já a mais cara está em Diadema, R$ 481,57.

De acordo com o engenheiro agrônomo da Craisa e responsável pela pesquisa, Fábio Vezzá De Benedetto, a dica é que a dona de casa tenha paciência e investigue bastante, já que a variação detectada é grande. “Pesquisar é sempre garantia de boa compra”, declarou.

Considerando como exemplo a margarina, ela pode custar R$ 1,49 num estabelecimento de Mauá e chegar a R$ 3,19 em supermercados de Santo André, São Bernardo e São Caetano. Neste caso a variação chega a 114,09%. Já o quilo de sal pode ter diferença em até 202,53%, sendo que o produto mais barato foi encontrado por R$ 0,79 (Mauá) e mais caro por R$ 2,39 (Santo André).

NA SEMANA - O valor da média da cesta básica semanal está R$ 2,80 mais em conta do que há sete dias. O feijão, que andava assustando pelo preço alto, resolveu dar uma trégua para o bolso da dona de casa. Nesta semana, o produto ficou 6,42% mais barato, custando em média R$ 5,54 na região.

Benedetto está otimista com o valor do alimento para os próximos meses. “Mesmo com o inverno não sendo favorável há boa expectativa para a safra desse período, com maior qualidade e quantidade. Assim, os preços podem recuar um pouco e ficar perto da estabilidade”, afirmou.

Um item que continua causando preocupação para o consumidor é o leite. Nesta semana o preço ficou 1,27% maior, sendo que o litro custa, em média, R$ 2,40. “Ele está subindo de pouco em pouco, sendo que esta já é a sexta semana consecutiva de alta. Já está 30% mais caro do que no mesmo período de 2012”, declarou Benedetto.

Já em relação aos hortifrúti, o custo continua oscilando. Nesta semana, a cebola foi o item que teve a maior elevação, de 24,26%. Já o quilo do tomate é encontrado, em média, por R$ 6,06, voltando a subir, já que o valor da semana anterior foi de R$ 5,71.

O engenheiro agrônomo acredita que a variação também tem relação com os restaurantes. “As saladas são menos consumidas no inverno, mas as pessoas estão se alimentando mais fora de casa, o que influencia no valor. Os restaurantes não podem deixar de comprar tomate, mas as famílias conseguem.”



Veículo: Diário do Grande ABC


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