Área plantada e produção caem em Minas Gerais

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Produtividade por hectare manteve-se estagnada.

O cultivo de algodão em Minas Gerais, conforme estudo da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), não terá um saldo positivo em 2013. A projeção é de que a área colhida e a produção caiam em relação a 2012, com a produtividade por hectare se mantendo praticamente estagnada.

De acordo com o estudo da Seapa, a área colhida em 2012 foi de 32.233 hectares e neste ano deve fechar em 19.741 mil hectares, uma redução de 38,8%. Com o resultado, o Estado terá 1,9% de participação em toda área destinada à atividade nos campos do país no período, praticamente a mesma fatia que Minas Gerais teve no total do Brasil no exercício passado.

A produção deve seguir trajetória semelhante, caindo de 103 mil toneladas de algodão em pluma em 2012 para 67,3 mil toneladas ao final deste ano, uma retração de 34,6%. A participação do Estado na produção nacional para 2013 será de 1,9%, também em linha com a do exercício anterior.

As quedas na produção e na área colhida também refletem na estagnação da produtividade, o que significa que a cultura do algodão deixou de ganhar efetividade nos campos mineiros. O levantamento da Seapa mostrou que a produtividade em 2012 deve fechou o período produtivo em 3,4 toneladas de algodão por hectare cultivado, mesmo patamar projetado para este ano.


Locais - O estudo também mostrou quais são os municípios que lideram o ranking dos maiores produtores do Estado. Encabeçam a lista Unaí, Buritis, Presidente Olegário e São Gonçalo do Abaeté, todos na região Noroeste, e Coromandel (Alto Paranaíba), que juntos têm participação de 69% na produção estadual.

Na divisão por região, o Noroeste de Minas, com 67,9% de participação, é o maior produtor de algodão em pluma do Estado, seguido pelo Alto Paranaíba (13,9%), Norte de Minas (11%), e Triângulo Mineiro, que teve 7,1% de participação da produção estadual.

Além do resultado negativo projetado em termos de área colhida e produção, especialmente, o algodão também deve sofrer uma redução de 34,5% no Valor Bruto da Produção (VBP) deste ano em relação ao de 2012. Nesta comparação, o VBP da cultura deve somar R$ 157,7 milhões frente R$ 240,7 milhões, conforme projeções da Assessoria de Gestão Estratégica do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

A assessoria técnica da Seapa explicou que o preço médio do algodão no acumulado deste ano até maio foi cerca de 18% maior do que no mesmo período de 2012, mas uma praga no cultivo e a escassez de chuvas em regiões produtoras está impactando negativamente a produção.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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