Etanol: imposto e margens mantêm preço alto

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Motivada pela maior oferta de cana-de-açúcar neste ano e pela redução do PIS/Cofins, a queda do etanol de 2,01% em quatro semanas ainda está acima do valor ideal. Levando-se em conta o preço do hidratado nas usinas, estima-se que a média de Minas Gerais poderia estar em R$ 1,90 o litro, ou 6,86% mais baixo do que os atuais R$ 2,04. Altas margens e imposto embutido seriam as principais justificativas.


Conforme dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), entre os dias 23 de junho e 20 de julho, o etanol passou de R$ 2,085 o litro para R$ 2,043 nos postos mineiros. Porém, o valor cobrado nas usinas, que atualmente está em R$ 1,09, reduziu 5,61% no mesmo período. Isso porque, no dia 24 de junho custava R$ 1,16, cálculos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), vinculado à Universidade de São Paulo (USP).

Conforme o secretário executivo da Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (Siamig), Mário Campos, o etanol ainda não alcançou a média de R$ 1,90 esperado no Estado por uma série de fatores. Um deles seria o longo percurso entre as usinas e o tanque dos veículos. "Nesse processo são adicionados ao valor as margens das distribuidoras e dos postos, além de custos, como de frete, e o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços)", afirma.

No caso do ICMS, Campos explica que ainda poderia haver pequena revisão para baixo. O imposto equivale a um percentual de 19% sobre o preço médio ponderado do combustível, que está em R$ 2,17. Porém, o litro custa em média R$ 2,04. Portanto, se o governo fizesse a equivalência pedida pelo setor, o impacto no valor cobrado por cada litro de etanol poderia passar de R$ 0,41 para R$ 0,39 por litro.

O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo do Estado de Minas Gerais (Minaspetro), Paulo Miranda, explica que as margens dos postos mineiros não são elevadas. " um setor muito competitivo. Nossos preços estão vinculados aos cobrados pelas distribuidoras. Então se elas repassam a queda, nós também repassamos", afirma.

Já o preço da gasolina, ainda conforme dados da ANP, retraiu 0,89% em quatro semanas, ao passar de R$ 2,905 para R$ 2,879.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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