A Agrenco reafirmou, em resposta à solicitação de informações da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que considerou "injustificável" a rejeição dos credores ao plano de recuperação judicial proposto pela companhia na última sexta-feira. Com a negativa dos credores, a trading agrícola viu o risco de ir à falência crescer. Nas respostas enviadas à CVM, a empresa questionou a ação movida pelo Credit Suisse na Justiça de Bermuda, que pede a execução de uma dívida de US$ 50 milhões. Segundo a trading agrícola, o montante envolvido na ação do Credit Suisse contra a Agrenco fazia parte do plano de recuperação judicial que foi rejeitado na última sexta-feira.
Os credores rejeitaram, no dia 26 de julho, em assembleia realizada em São Paulo, o plano de recuperação judicial da companhia, que propunha a reestruturação da dívida do grupo. Segundo a proposta, a trading pagaria 42,6%, cerca de R$ 494,34 milhões, de uma dívida total de R$ 1,15 bilhão num prazo de até doze anos. Os credores sem garantia, classe III, teriam um desconto médio de 78,5% sobre o total.
A Agrenco considerava o plano como a última chance de retomar as suas atividades. O grupo esperava voltar a ter acesso a linhas de crédito para retomar as fábricas, com capacidade para processamento de toneladas de soja.
De acordo com o comunicado enviado ao mercado para esclarecer o plano de recuperação judicial, a Agrenco destacou que a efetiva recuperação das recuperandas, é imprescindível sair da recuperação judicial.
"Mantendo-as em recuperação judicial, as empresas não conseguirão retomar as atividades devido a várias restrições, como a obtenção de crédito."
Veículo: DCI