BTG já opera nova área de commodities

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O diretor financeiro do BTG Pactual, Marcelo Kalim, afirmou que a área de negociação de commodities do banco já está operacional.

"Esperamos que nos próximos trimestres comece a aparecer alguma coisa [na receita]", disse Kalim, ontem, em teleconferência com analistas para falar sobre o balanço do segundo trimestre. O executivo, entretanto, não deu mais detalhes sobre a operação.

Em maio, o Valor revelou que o BTG estava montando uma estrutura para atuar na negociação de commodities - tanto em produtos como em derivativos financeiros. O grupo vai investir pelo menos US$ 300 milhões no negócio e já contratou os executivos que vão comandar as operações.

Também nas teleconferências, Kalim descartou a possibilidade de o banco ter perdas em operações de crédito com as companhias controladas por Eike Batista. "Não esperamos nada de diferente nos próximos trimestres", disse.

Segundo Kalim, o trabalho de assessoria financeira prestado pelo BTG a Eike vai se refletir "trimestre após trimestre" na área de banco de investimentos. "Temos potencial de ganhar receitas se for bem-sucedida a reestruturação do grupo", afirmou.

O controlador do BTG, André Esteves, comemorou o resultado alcançado pelo grupo no segundo trimestre, apesar da queda no lucro e na receita. Segundo ele, o período foi "desafiador", com o aumento da volatilidade no mercado internacional e a "redução da confiança de investidores e empresários" no Brasil.

O BTG teve lucro líquido de R$ 650 milhões entre abril e junho, com queda de 21% ante igual período do ano passado. A receita líquida recuou 39% na mesma base de comparação, para R$ 1 bilhão. Divulgados na terça-feira à noite, os números incluem resultados do banco e da BTG Pactual Participations, que reúne os demais investimentos do grupo.

A área chamada pelo BTG de "principal investments", que reúne o private equity e os investimentos com capital próprio, teve papel decisivo nos resultados mais fracos. A unidade teve perda de R$ 313 milhões, já descontados os custos de financiamento, por conta da perda no valor do investimento na companhia imobiliária BR Properties e de resultados negativos nas negociações de juros e ações.

"Ficamos confiantes na nossa estratégia porque mesmo assim conseguimos entregar um retorno sobre o patrimônio bastante satisfatório", disse Kalim. O BTG gerou retorno sobre o patrimônio líquido anualizado de 17,5% no segundo trimestre, acima dos 16,9% apresentados no primeiro trimestre.



Veículo: Valor Econômico


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