Dunkin' Donuts volta ao País com novo modelo de franquia

Leia em 3min 50s

A ascensão do franchising no Brasil fez com que a rede Dunkin' Donuts - pertencente ao grupo norteamericanoDunkin´ Brands Group - anunciasse seu retorno ao País, dez anos depois.

Para a nova empreitada, a marca optou por uma estratégia diferente: vai apostar em empresários experientes em franquias e dispostos a abrir mais de uma operação.

O vice-presidente de desenvolvimento internacional de marcas Dunkin', Jeremy Vitaro, afirmou ao DCI que esse retorno está ancorado no crescimento da classe média e da economia brasileira, além da intenção da rede de ampliar a atuação na América Latina. "Com uma das maiores economias do mundo e classe média em crescimento, sentimos que o Brasil apresenta oportunidade de crescimento significativo para a marca. Também há demanda para as ofertas da marca de bebidas de alta qualidade e assados [alimentos]".

A intenção é ter a primeira loja aberta já no primeiro semestre de 2014, podendo ser em São Paulo, Rio de Janeiro ou Brasília, principais apostas iniciais.

Os empresários interessados em investir terão de se atentar às seguintes exigências: ter histórico financeiro sólido, profundo conhecimento da sua clientela local, experiência comprovada de sucesso no setor de restaurantes e desejo de desenvolver, no mínimo, de 20 a 25 unidades Dunkin´ Donuts no seu mercado nos próximos anos.

O valor do investimento necessário para a abertura de uma operação da marca ainda não foi estipulado.

Com essa medida, Vitaro acredita que não haverá chances de não dar certo. "Abordaremos nossa reentrada no Brasil com a máxima diligência em todas as áreas, incluindo a seleção de franqueados, escolha do local, serviço ao cliente e imagem da loja. Vamos crescer de uma forma disciplinada com múltiplos parceiros de franquia para garantir o desenvolvimento de redes de franqueados rentáveis", explicou ele.

O retorno demorou cerca de um ano meio para ser anunciado e a rede escolheu o Grupo Bittencourt para que todo o projeto fosse estruturado. Lyana Bittencourt, uma das diretoras da empresa afirmou que foram feitas pesquisas do mercado brasileiro de cafeterias e que o presidente da Dunkin', Nigel Travis, participou ativamente desse processo. "Ficamos mais de um ano analisando o mercado e a forma como a marca retornaria ao Brasil. Fiquei impressionada com o empenho do presidente da rede em entender o franchising e a cultura do Brasil", disse Lyana.

A executiva acredita também que com a cautela implementada e um número significativo de empresários que atuam com franquias, a Dunkin' não terá dificuldades de encontrar investidores. "O franchising ainda tem muito o que crescer no Brasil, mas já temos empresários bem experientes e dispostos a investir em novas operações".

A atuação anterior no mercado brasileiro - a rede permaneceu com pontos de vendas por 20 anos, saindo do mercado em 2003 - também foi avaliada pelos executivos da rede.

"A marca já havia saído do mercado, uma vez que a nossa infraestrutura regional ainda não existia para nos permitir crescer e expandir no País", explicou Vitaro. "Desde a nossa saída, o Brasil continuou a evoluir em termos de gostos dos consumidores e também no surgimento de relevantes mercados nos setores de franquias e imobiliário".

Para as lojas que serão abertas no Brasil, a Dunkin' apostou em cardápio que contempla os principais produtos que fazem o sucesso da marca. A rede tem 10.500 restaurantes em 31 países, mais de 330 espalhados na América Latina, incluindo mais de 200 localidades no Chile, Colômbia e Peru, assim como no Equador, Honduras e Panamá.

"Sempre que entramos em um novo mercado, pretendemos oferecer uma gama de produtos do nosso menu principal, como Café Original Dunkin' Donuts, bebidas à base de café, rosquinhas e sanduíches, além de itens de menu regionais que atendem aos gostos locais"

Sobre as preferências típicas, ele lembra que "na América Latina, por exemplo, oferecemos produtos regionais, como Dulce de Leche Donuts em uma série de países, e até mesmo iguarias específicas do país, como o nosso Iced Chicha Coolatta no Peru, que usa o milho roxo peruano", explicou o vice-presidente de desenvolvimento internacional de marcas Dunkin'

Brics


Mas não é só no Brasil que a rede está de olho. Jeremy Vitaro afirmou que outros países que compõe o Brics - Rússia, Índia, China e África do Sul - também fazem parte dos planos voltados para a ampliação global da marca. "O Brasil é parte de nossa estratégia de crescimento internacional, que se centra tanto na expansão nos principais mercados existentes, como Coréia do Sul e Oriente Médio, e crescente presença da marca em países do Brics".



Veículo: DCI


Veja também

Crédito para armazéns ficará ocioso, diz Kepler Weber

A verba de R$ 5 bilhões que o governo federal anunciou em junho para investimentos em armazenagem não deve...

Veja mais
Vendas on-line serão 5% da operação da Renner

A rede varejista Renner prevê que suas operações on-line representem 5% no total de vendas da compan...

Veja mais
Magazine Luiza anuncia compra da Época Cosméticos

O Magazine Luiza, uma das mais importantes redes varejista do País apostará no setor de cosméticos ...

Veja mais
Vigor estuda repasse de custos com o aumento de preços de matérias-primas

A produtora nacional de alimentos Vigor afirmou ontem, durante conferência de resultados com investidores, que ele...

Veja mais
Fabricantes de leite são multadas por informação em embalagem

O Ministério da Justiça multou quatro fabricantes de leite integral e de leite em pó por rót...

Veja mais
Preço agrícola no atacado já tem queda em 12 meses

Os produtos agrícolas estão em deflação. Os preços praticados no atacado caíra...

Veja mais
Vigor aponta que consumo de lácteos segue moderado

O diretor presidente da Vigor, Gilberto Meirelles Xandó Baptista, disse nesta quinta-feira, 15, em teleconfer&eci...

Veja mais
Procon-SP: preço da cesta básica semanal cai 0,69%

O preço da cesta básica na cidade de São Paulo teve queda de 0,69% no período de 9 a 15 de a...

Veja mais
Governo zera IPI do açúcar

Desde ontem, qualquer tipo de açúcar de cana não refinado deixará de pagar Imposto sobre Pro...

Veja mais