Supermercados: estagnação em janeiro

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Comprometimento da renda do consumidor durante o período prejudica os negócios do setor.


 
O primeiro mês do ano deverá ser marcado pela estagnação do setor supermercadista mineiro na comparação com janeiro de 2008, segundo representantes de diversos empreendimentos. Além da base de comparação elevada, irá interferir no resultado um componente novo neste ano: a crise, que vem reduzindo o emprego formal no Estado desde outubro de 2008 e mudando o perfil do consumo.

 

Os últimos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), divulgados ontem, revelaram queda de 88,062 mil no saldo mineiro em dezembro. Foi o terceiro recuo consecutivo em 2008.

 

Além da desaceleração da economia, o setor tem que enfrentar em janeiro vários fatores que, tradicionalmente, retiram recursos para o consumo, como férias, pagamento de impostos, matrículas escolares, além do endividamento do consumidor feito durante o Natal. Neste momento, os empresários do setor procuram amenizar os diversos efeitos negativos do mês com as queimas de estoque e promoções.

 

Para o superintendente da Associação Mineira de Supermercados (Amis), Adilson Rodrigues, a perspectiva diante do atual cenário é de empate na comercialização deste mês frente janeiro do ano anterior. Caso haja crescimento, a entidade espera uma expansão mais tímida, da ordem de 1%.

 

De acordo com dados da entidade, em janeiro do ano passado contra igual mês de 2007, o crescimento foi 9,01%. Já na comparação de janeiro de 2008 contra dezembro de 2007 foi verificado recuo de 24,18%. A retração do último caso se deve à base forte, já que o último mês do ano conta com o Natal.

 

Rodrigues disse que não acredita em reflexos expressivos na redução dos postos de trabalho nas vendas. "Isto leva um certo tempo. Afinal, cada setor é atingido de uma forma pela crise e em um determinado tempo. O que acontece primeiro, no nosso caso, é a redução das vendas de produtos considerados supérfluos ou a troca das marcas mais caras pelas mais baratas", analisou.

 

No Super Nosso, que conta com 12 lojas na capital, a previsão é de crescimento, apesar da desaceleração da economia, de acordo com o executivo de Marketing da empresa, Antônio Celso Azevedo. "A nossa estimativa é de incremento na ordem de 15% nas vendas frente janeiro do ano passado", disse.

 

Veículo: Diário do Comércio - MG


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